Experiente, o comandante vem acumulando sucessos na Tailândia e ganhando reconhecimento por tanto tempo de trabalho. O brasileiro que está 12 anos na Ásia, não deixa de acompanhar as notícias do futebol do seu país e um dos assuntos que mais chamam atenção quando o assunto é treinador, é a quantidade de estrangeiros.
Somente na Série A, atualmente, são 13 dos 20 clubes que tem um comandante gringo. Gama concorda e entende a atualização do mercado, mas faz ressalvas:
“Não vejo problema ter técnicos estrangeiros. O que eu acho um pouco exagerado é a quantidade, principalmente na principal divisão do Brasil. Acho que temos treinadores qualificados que fazem bons trabalhos e acredito que poderiam ter alguns mas não tantos como agora, acho que é mais que a metade de estrangeiros. Não é muito melhor, nem tanta diferença, mas isso virou moda. Temos que tentar entender, estudar para aprimorar e torcer para que um brasileiro mostrar qualidade para ganhar Campeonato. O Flamengo, por exemplo, teve como os dois últimos campeões que passaram por lá foram brasileiros, depois de contratar muitos estrangeiros. E é isso, temos que aceitar e tentar reverter esse quadro, tudo serve como aprendizado”, ponderou.
Apesar de muito tempo na Tailândia, Alexandre Gama se diz preparado para um possível retorno ao Brasil. Apesar de possuir contrato com Lamphun Warrior até maio de 2024, o treinador garante não fechar as portas e não descarta voltar em breve ao seus país. Apesar disso, o treinador destacou alguns fatores positivos da Liga:
"Acredito bastante nesse retorno, uma coisa que eu não pensava muito, mas hoje com o tempo que estou aqui fora já é uma coisa que analiso melhor, de aceitar um retorno e entender que estou preparado pra isso. Mas ao mesmo tempo feliz de ser valorizado aqui, de estar trabalhando em bons clubes, com bons trabalhos, fazendo coisa interessantes por aqui ajudando no desenvolvimento. Tenho quase 20 anos de carreira, a maioria no exterior. Tive várias conquistas, títulos e classificações grandes, como a da Champions da Ásia. Marquei meu nome por onde passei. Acredito muito que quem apostar terá uma surpresa agradável".
O time onde Alexandre trabalha fez uma campanha para se manter em sua estreia na Thai 1, já nesta temporada, a ideia é brigar por vaga em competições do continente, sobre a localidade falou:
"É um país muito agradável de se viver, o povo adora futebol, estádios sempre estão cheios. Claro que estão em desenvolvimento, melhorar em diversos setores do futebol, tudo isso para tentar uma Copa do Mundo, mesmo sabendo que isso é muito difícil, mas está caminhando pra isso mas uma hora vão conseguir, ainda mais agora que aumentou os números de participantes, já conseguem exportar jogadores Tailandeses para outras ligas, assim que se começa. Com a chegada dos estrangeiros que aqui estão fez com que o nível melhorar demais. Na minha visão eu acho uma Liga muito boa e está entre as cinco ou seis dentro da Ásia. A Arábia Saudita agora fez um pulo gigante, a China caiu, então assim, a Tailândia está sempre ali se mantendo".
A agremiação enfrentará no próximo domingo, o atual campeão tailandês Buriram United do esloveno Haris Vučkić, ex-Newcastle. Já pelo Lamphun Warrior, o destaque é para o trio ofensivo Tauã (ex-Avaí), Dennis Murillo (ex-Guarani) e Lucca (ex-Corinthians e Fluminense).