A disputa entre a LIBRA e o grupo Forte União segue no futebol brasileiro para a criação de uma Liga independente e que tire o controle do Brasileirão das mãos da CBF. Com isso, uma movimentação de um dos principais clubes do país, o Corinthians, pode definir os rumos dessa disputa.
Deixando a LIBRA, o Corinthians assinou um acordo para ingressar na Liga Forte União, ao lado de Inter, Fluminense, Athletico, Bahia, Cruzeiro, Botafogo e outros clubes. O Timão foi na contramão dos clubes paulistas, que segue na LIBRA.
Segundo informações de Rodrigo Capelo, do ge, o contrato do alvinegro com a LFU possui grandes valores e cláusulas para a nova liga. Confira:
- Caso termine em 1º no Brasileirão, a receita ficará próxima de R$ 250 milhões. Se ficar de 14º lugar,?R$ 175 milhões.
- Se a Livemode não conseguir R$ 1,7 bilhão com a comercialização dos direitos de transmissão da LFU. Com menos dinheiro, todos os clubes arrecadarão menos. O Corinthians terá benefício em relação aos demais, pois poderá manter os valores pré-determinados, e a diferença será perdoada do empréstimo feito pela XP.
- O mecanismo não chega a ser uma "garantia mínima" no sentido convencional, pois está limitado aos R$ 150 milhões. Uma vez que o empréstimo for zerado, o Corinthians correrá o risco de receitas abaixo do projetado junto dos outros clubes, durante o período do contrato, de 2025 a 2029. Isso iria contra o discurso de igualdade que a LFU prega.
- Em caso de rebaixamento, o Corinthians não tem uma verba garantida. Os valores negociados para a primeira divisão só valem enquanto o clube estiver nela. Na Série B, seria necessária nova venda dos direitos de suas partidas como mandante.
- O benefício adicional que o Corinthians terá, apelidado pelos assessores de "colchão" é uma proteção para o caso de a LFU não alcançar a projeção de receitas que a Livemode vem prometendo aos dirigentes, de R$ 1,7 bilhão na soma de todos os clubes.
- Os assessores da LFU ofereçam um empréstimo de 150mi de reais, não é antecipação de receitas, e sim de crédito.
- O clube terá de começar a pagar as parcelas desse empréstimo mensalmente a partir do início do campeonato do ano que vem. Juros serão acrescidos ao final de cada ano. A taxa adotada é de CDI (taxa básica para operações entre bancos) mais 3% — o que representa um crédito barato.