Conheça algumas tecnologias que saíram da série para o mundo real
A série Black Mirror é conhecida por trazer reflexões sobre o impacto da tecnologia na sociedade. Mas, enquanto muitas ideias mostradas ali ainda parecem futuristas, algumas já estão presentes no mundo real. A produção britânica, que estreou em 2011, criou um marco na ficção científica, mas também inspira debates sobre como a tecnologia molda nossas vidas.
No episódio “Momento de Waldo” (temporada 2, episódio 3), um personagem fictício ganha popularidade política por meio de manipulações digitais. A realidade não está tão distante disso. O uso de deepfakes e fake news em campanhas políticas já é uma preocupação global.
Em “Queda Livre” (temporada 3, episódio 1), as pessoas têm suas vidas controladas por pontuações sociais. No mundo real, redes sociais exercem um papel semelhante. Likes, comentários e avaliações moldam comportamentos e reputações, mas também geram problemas como cancelamentos e exclusões sociais.
No episódio “Ódio na Nação” (temporada 3, episódio 6), pequenos drones realizam tarefas específicas. Essa tecnologia já existe, mas com foco em áreas como monitoramento de risco e vigilância. Microdrones são usados para inspecionar zonas de desastre, mas também levantam questões sobre privacidade e segurança.
“Metalhead” (temporada 4, episódio 5) apresenta robôs projetados para ambientes hostis. Na realidade, tecnologias semelhantes estão sendo usadas em operações de busca e resgate. Esses dispositivos ajudam a localizar desaparecidos em terrenos desafiadores, mas ainda são restritos a contextos específicos devido a custos elevados.
No episódio “15 Milhões de Méritos” (temporada 1, episódio 2), indivíduos pedalam bicicletas para gerar energia e obter moedas virtuais. Embora não tenhamos algo idêntico no mundo real, o conceito de “ser o produto” já é familiar. Plataformas digitais transformam a atenção humana em lucro, mas isso traz debates sobre exploração e limites éticos.
Em “Toda a Sua História” (temporada 1, episódio 3), lentes de contato gravam e reproduzem memórias. Dispositivos semelhantes já estão em desenvolvimento. Lentes com realidade aumentada começam a ser testadas, mas ainda não possuem todas as funções vistas na série. Mesmo assim, abrem caminho para uma nova forma de interagir com o mundo.
“Arkangel” (temporada 4, episódio 2) explora a ideia de monitorar o cérebro humano com implantes. Hoje, tecnologias como o Neuralink, de Elon Musk, estão tornando isso realidade. Implantes neurais já são testados para ajudar pessoas com deficiências, mas também geram discussões sobre privacidade e controle.
No episódio “Crocodilo” (temporada 4, episódio 3), veículos autônomos são uma ferramenta comum. Hoje, empresas como Amazon e startups chinesas já utilizam veículos autônomos para entregas. Mas esses avanços ainda estão em fases de teste e enfrentam desafios como regulamentações e infraestrutura.
A série reflete sobre o impacto da tecnologia na vida humana, mas muitas vezes exagera para provocar discussão. No entanto, a realidade mostra que essas tecnologias não estão tão distantes. Muitas delas trazem benefícios claros, mas também levantam questões éticas e sociais. O futuro parece promissor, mas exige cuidado. Afinal, o que Black Mirror alerta é que a tecnologia deve ser usada para melhorar a vida, mas nunca para controlar ou desumanizar.