Coringa 2: Delírio a Dois chegou aos cinemas e deixa várias perguntas em aberto que podem permanecer sem resposta. Afinal, a sequência de Coringa, de Todd Phillips, que foi aclamado pela crítica e quebrou recordes nas bilheterias, não conseguiu repetir o sucesso do seu antecessor.
O estado mental atormentado do Coringa volta a ser o centro das atenções em Coringa 2, com suas ilusões perpassando o filme principalmente na forma de sequências musicais. Voltamos à teoria do primeiro filme: tudo é a imaginação de Arthur?
Coringa 2 inverte o roteiro da típica representação do relacionamento entre Coringa e Harley Quinn, tornando Lee a abusiva mental. Em dado momento, ela afirma estar grávida de Arthur, mas depois o "chuta" e o deixa sem respostas sobre o bebê.
Coringa 2 não altera de duas áreas principais de encenação: o Asilo Arkham e o tribunal de Gotham. No final, para o Coringa escapar, alguém explode o Tribunal, mas ninguém sabe quem foi e nem como aconteceu.
Na cena final, antes do desfecho inesperado do longa, Arthur é informado que alguém o veio visitar na prisão, o que não se concretiza pelo desfecho do longa. Mas afinal.. havia um visitante? Quem era? Talvez Lee? Ou Harvey Dent como Duas Caras?
Outro dos momentos mais controversos do filme veio durante o julgamento de Arthur Fleck, após ele renunciar à sua persona de Coringa para o mundo. Essa reviravolta chocante basicamente contradiz todo o primeiro filme de Arthur Fleck, que girava em torno de suas ilusões e ações como Coringa.
Ao terminar com a morte de Arthur Fleck, o filme parece traçar uma linha definitiva em sua história. No entanto, se realmente nunca existiu um Coringa, como disse Arthur, o filme pode ser um prelúdio. Ou seja, um início da história do verdadeiro Coringa (a idade de Bruce também sugere isso).
Uma das maiores questões sobre o final é se o assassino de Arthur Fleck é uma versão mais jovem do Coringa de Heath Ledger em O Cavaleiro das Trevas. O fato de o personagem esculpir um sorriso em seu próprio rosto com a mesma faca que matou Fleck é impossível de ignorar, afinal, é uma clara referência.