Talvez nenhum outro membro da Liga da Justiça personifique tão bem a dicotomia entre força e vulnerabilidade quanto o Batman. Contudo, embora seja inegável que Bruce Wayne se destaque como um dos mais importantes membros da equipe, sua fraqueza, ironicamente, é a mais complexa.
Desde sua criação em 1939 por Bob Kane e Bill Finger, Batman conquistou os corações dos fãs e ganhou um status único na cultura pop.
Diferente de seus colegas, ele não possui habilidades sobre-humanas, como a velocidade do Flash, a força do Superman ou a destreza da Mulher-Maravilha.
Em vez disso, Bruce Wayne confia em sua astúcia, dedicação e recursos financeiros para combater o crime e proteger Gotham City.
A habilidade de se reerguer após derrotas pessoais, como a morte de seus pais e a perda de entes queridos, destaca o caráter resiliente do Cavaleiro das Trevas.
No entanto, essa mesma determinação pode ser considerada a base de sua fraqueza: o fator emocional. O trauma resultou em uma busca incansável por justiça e vingança, mas também o aprisionou em um ciclo de dor e solidão.
Diversos artistas exploraram as profundezas do Batman, revelando sua luta constante para manter a sanidade em meio à escuridão. Suas ações, muitas vezes, questionam os limites éticos e morais que ele está disposto a ultrapassar.
Essa ambiguidade torna o personagem mais intrigantem, mas demonstra sua fragilidade. Embora o Batman seja capaz de superar desafios físicos e mentais que parecem insuperáveis, ele é incapaz de escapar de suas próprias feridas.
A escuridão que o consome está relacionada à sua relutância em permitir que outros se aproximem emocionalmente, deixando-o isolado e, de certa forma, aprisionado em sua própria dor.
Sua propensão a trabalhar sozinho pode ser visto como uma defesa contra a possibilidade de perder mais pessoas que ama. Essa característica acrescenta uma profundidade única ao personagem.