Kleber Gladiador relembra situação precária vivida no Vasco: “Não tinha onde treinar”

Resumo
Kleber Gladiador relembra situações precárias vividas quando defendia o Vasco da Gama, em 2014, na Série B do Brasileiro.

O Vasco é um dos gigantes clubes do futebol brasileiro por toda sua história, títulos, entre outras coisas. Porém, a situação do clube em anos anteriores, não condiziam com o tamanho do time. Sendo assim, Kleber Gladiador, que atuou no Gigante da Colina em 2014, relembrou alguns momentos vividos na equipe carioca.

O jogador expôs grandes problemas vividos no clube naquele ano, principalmente na parte estrutural. Atualmente, a equipe conta com Centro de Treinamentos, que existe um projeto para melhorar ainda mais. Porém, o ex-atacante relembrou como era difícil conviver no time nos anos anteriores, pela falta de estrutura oferecido pela diretoria ne época, que estava na Série B e buscando se reestruturar o mais rápido possível.

“Era assim. O Vasco não tinha onde treinar na época, treinava na maioria das vezes em São Januário. Cheguei lá, era Copa do Mundo, São Januário estava para a Fifa, era uma sede, então a gente não podia treinar lá. Nosso treino era em Curicica. Era no meio da favela, só os barracos. Os caras viam os treinos do barraco, uns flamenguistas gritavam. A gente treinava ali, mas no meio da favela mesmo. “A gente chegava de manhã e tomava café. A mesa para tomar café era aquelas de plástico, que o cara dobra. Botava o café, geral tomava café junto. O cara cortava o pão em cima do leite do outro, era a maior várzea. A grama de Curicica era cheia de buraco. A gente treinava lá, treinamos algumas vezes no CFZ, do Zico, que era um pouquinho melhor. Mas banho frio, banho gelado”, comentou.

Após isso, o atacante relembrou que voltou a treinar em São Januário, estádio do Vasco, após a Copa do Mundo. Porém, a situação difícil permaneceu, mesmo estando na casa do clube. O ex-atleta revela que tinham gatos dentro dos vestiários, no gramado, entre outros locais.

“Aí voltamos para treinar em São Januário, em um dos primeiros treinos, depois que treinamos, fui tomar banho. Energia elétrica desligada. Peguei minha roupa, fui tomar banho, tudo escuro, fui entrar no boxe e tinha um cara lá já, porque você não consegue ver. Não dava, uma bagunça.“, iniciou.

Quando subo, tá o Douglas lá. Perguntei: ‘O que foi, cara?’ Fazendo bobinho e ele assim (com a camisa no rosto). Perguntei: ‘Douglas, que cheiro é esse, cara?’ Ele falou: ‘Não sabe não? Aqui é cheio de m**** de gato, porque aqui tem muito rato, então botaram muito gato para pegar os ratos’. Os gatos andavam no campo à noite, então cagavam o campo todo. Então quando a gente ia treinar de manhã era cheio de m**** de gato. Torcida gigantesca, fanática, dava dó. Por isso que o Vasco sempre teve tantas dificuldades e caiu várias vezes.” terminou.

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