Com a vitória sobre o Botafogo-SP, na 32ª rodada da Série B do Brasileirão, o Sport igualou o número de pontos do Santos e se aproximou do acesso a elite do futebol brasileiro em 2025. Agora, são cinco pontos de diferença em relação ao quinto colocado, restando apenas seis jogos para o término da competição.
Para confirmar a vaga na Série A da próxima temporada, o clube pernambucano conta com atletas que já possuem a experiência de situações semelhantes em suas carreiras. Este é o caso de Alysson, zagueiro de 33 anos que defendeu o Inter de Limeira na campanha do acesso ao Campeonato Paulista A2, em 2014. Ele falou sobre o momento.
“Muito importante o trabalho que estamos fazendo nessa reta final de Série B. O grupo todo está trabalhando duro e dando o máximo para colocar o Sport de volta no lugar que ele merece estar, que é entre os 20 clubes da primeira divisão. A torcida tem abraçado a nossa luta e isso é fundamental. Vamos seguir trabalhando para desempenhar bem nos jogos que faltam e, se Deus quiser, alcançarmos nosso objetivo”, disse o defensor.
Natural da Zona Leste da cidade de São Paulo, Allyson passou por superações até alcançar o patamar de jogar a elite do futebol brasileiro e, depois, ser contratado por um clube como o Sport. Na infância, o garoto chegou, inclusive, a panfletar para conseguir pagar a escolinha de futebol. Antes dos 18, já havia trabalhado como vendedor de pipas e fazendo lanches em uma lanchonete.
Sua história viria a mudar após um médico da sua cidade ser contratado pelo Nacional Atlético Clube. O profissional – que já conhecia o Allyson através do futebol de várzea – o convidou para uma peneira que seria realizada no clube para a categoria profissional. O garoto tinha 19 anos e estava prestes a desistir da carreira de jogador de futebol, mas decidiu dar uma última chance. Na época, trabalhava como estoquista e precisou pedir liberação para participar do teste.
Chegando lá, impressionou logo nos primeiros 15 minutos e já foi chamado para participar de um treino junto ao time principal do Nacional. Pouco tempo depois, pôde assinar seu primeiro contrato profissional com o clube e, assim, passar a se dedicar apenas ao esporte.
Desde então, Allyson passou por clubes como Grêmio Barueri, Independente de Limeira, Maccabi Petah Tivka (Israel), Maccabi Haifa (Israel), Bnei Yehuda (Israel), Bandirmaspor (Turquia), Umraniyespor (Turquia), e Cuiabá, antes de se transferir ao Sport em agosto deste ano.
“Posso dizer que foi um sonho realizado. Depois de tudo o que eu passei, chegar em um clube da grandeza do Sport era algo que não passava nem nos meus melhores sonhos. Comecei profissionalmente no futebol tarde, com 19 anos, em meio a uma função de estoquista que fazia para ajudar minha família em casa. Hoje, faço parte de um clube com quase 120 anos de história, com uma torcida maravilhosa e uma estrutura que proporciona o melhor para nós atletas. Realmente estou muito realizado e espero seguir trabalhando para poder escrever meu nome na história do Sport. E que o primeiro passo para isso seja com o acesso”, comentou.
O Sport volta a campo pela Série B do Campeonato Brasileiro na próxima quinta-feira (24), contra o Guarani, às 21h30, na Ilha do Retiro, em Pernambuco. A partida valerá pela 33ª rodada da competição.