O Palmeiras está cobrando R$ 127,9 milhões da Real Arenas, empresa da WTorre que cuida do Allianz Parque. A cobrança é por receitas da arena que a empresa não repassa desde 2015. Desde que a arena foi inaugurado, os repasses foram feitos em apenas sete meses: novembro e dezembro de 2014, e de janeiro a junho de 2015 (exceto maio).
A partir de então, a WTorre não realizou os repasses, segundo uma apuração do ge. No entanto, todo mês a empresa apresenta um relatório com os valores que ela deveria transferir ao Palmeiras. Esta dívida é motivo de discussão na Justiça desde 2017, por meio de uma ação de execução de título extrajudicial.
O imbróglio
Há seis anos, o clube abriu o processo em primeira instância cobrando o débito, na época de pouco menos de R$ 15 milhões. No começo de 2018, entretanto, a ação foi extinta, sob o argumento de que o tema deveria ser tratado na corte arbitral, como em outras divergências da parceria.
Por conta disso, o Palmeiras entrou com recurso, pois entende que o valor devido é incontroverso e confessado nos relatórios. Depois de três anos de tramitação, a Justiça deu razão ao clube em segunda instância, para a execução da dívida fosse judicialmente.
Inicialmente, o processo era referente à quantia até 2017. Em dezembro, a ação subiu para quase R$ 62 milhões, já englobando valores de 2018. Agora, em março, diante da falta de definição, o Palmeiras colocou todo o valor devido desde 2015 no processo: R$ 127.972.784,97.
Nesta discussão, é importante ressaltar, não entram os valores referentes à multa quando o clube tem de jogar fora de casa por eventos no Allianz Parque. Estes valores também não estão sendo pagos.
Vale lembrar que, por contrato, o Verdão tem direito a percentuais que crescem ao longo dos 30 anos do acordo com a construtora. Esses valores incluem o aluguel da arena para shows, exploração de setores, locação de camarotes e cadeiras, além de naming rights.
