Review: Com 72 Seasons, Metallica desenterra as raízes mais profundas, mas não só isso

72 Seasons
Resumo
Metallica lançou o seu 11º álbum de estúdio, "72 Seasons". O LP conta com 12 músicas divididas por 77 minutos de duração.

Nesta sexta-feira (14), o Metallica lançou o seu 11º álbum de estúdio, “72 Seasons”. Sete anos após o antecessor “Hardwired… To Self-Destruct”, este era um álbum extremamente aguardado (ou não estivéssemos falando da maior banda de Metal do planeta).

“72 Seasons” traz James Hetfield nos vocais e na guitarra rítmica, Lars Ulrich na bateria, Kirk Hammett na guitarra principal e Robert Trujillo no baixo (com direito a vocais em “You Must Burn!”).

O álbum começa com o já conhecido single “72 Seasons“, sendo que a música abre com um minuto e meio de instrumental, uma abertura extremamente marcante. A música acelera por volta dos quatro minutos e mostra toda a energia que o Metallia tem, teve e sempre terá. “Shadows Follow” consegue trazer um riff poderoso, acompanhado de uma bateria extremamente impactante. De seguida, o álbum volta a entregar um dos outros singles, “Screaming Suicide“. Além da mensagem importante, que pretende falar sobre o taboo do suicídio e da depressão, a música consegue se destacar pela sua velocidade, mostrando as suas raízes mais profundas, trazendo um pouco do primeiro álbum, “Kill ‘Em All”. “Sleepwalk My Life Away” começa por trazer os holofotes para o lado do baixo, numa linha que está extremamente presente mesmo quando o riff de guitarra, digno de grandes arenas, entra.

You Must Burn” é uma música mais lenta, mas que consegue, ainda assim, ter um riff muito marcante e acima de tudo groovy. O lado mais surpreendente da faixa são as harmonias vocais que Robert Trujillo (não, não é o James Hetfield) cria na ponte da música. Após o ritmo mais lento da faixa anterior, “Lux Aeterna“, o primeiro single lançado, volta a entregar velocidade e agressividade, trazendo novamente à tona as raízes do “Kill ‘Em All”. “Crowned Of Barbed Wire” traz uma das introduções instrumentais mais interessantes do álbum inteiro e segue com um dos meus riffs favoritos da obra musical. Contudo, peca por ser demasiado repetitiva, tirando muito do brilho da mesma. O refrão de “Chasing Light” destaca-se pelos seus gritos amplos e intervalados.

If Darkness Had A Son” é o último dos singles a ser apresentado no álbum e também aquele que melhor resume o álbum. Apesar de algumas músicas trazerem de volta um pouco da sonoridade do primeiro álbum, é este a música que melhor ilustra a direção que o Metallica toma em “72 Seasons”. “Too Far Gone?” chega o tocar a dimensão do Thrash, mas fica a alguns BPM’s de realmente ser uma música do estilo. Ainda assim, consegue ser uma canção extremamente sólida e um dos destaques do álbum, excluindo os singles. “Room Of Mirrors” é mais uma música que resgata o som mais agressivo do início de carreira do Metallica, sendo outro dos destaques do álbum. O álbum encerra com a música mais longa da discografia do Metallica. “Inamorata” tem uma duração de 11 minutos e 11 segundos e, na minha opinião, é a melhor faixa de “72 Seasons”. A canção tem muito (talvez tudo) de balada, tratando de um desgosto amoroso. A música desacelera por completo a meio, explodindo de novo pouco tempo depois e transparecendo todo o sentimentalismo que a música pretende mostrar.

Nota do autor: 7.94/10

Música favorita: Inamorata

Principais vídeos

plugins premium WordPress