O presidente da Comissão de Arbitragem da CBF, Wilson Luiz Seneme, rebateu todas as acusações de John Textor, dono da SAF do Botafogo. Durante depoimento à CPI da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas nesta quinta-feira (06), ele afirmou acreditar em 0% das denúncias do norte-americano.
Seneme, inclusive, chegou a chamar as acusações do mandatário do time carioca de irresponsáveis. Segundo ele, nada do que Textor apresentou comprova as denúncias de manipulação de resultado. A informação é do ge.
“Em termos de CBF, eu dou a ele 0% de possibilidade do que ele apresentou, porque efetivamente não vi e não identifiquei, com a experiência que tenho, nenhuma ação que possa me dar a mínima referência e transformá-la em manipulação de resultado”, afirmou.
Textor publicou um lance, nas redes sociais, que aponta como uma das provas da manipulação, e foi amplamente discutido pelos parlamentares. Durante o debate, Seneme informou que o árbitro de vídeo não é obrigado a enviar ao campo todas as imagens disponíveis na cabine do VAR.
O presidente da Comissão de Arbitragem, entretanto, explicou que a prerrogativa de pedir mais imagens é do árbitro de campo quando ele assume um lugar na chamada zona de revisão. Além disso, Seneme ressaltou ainda que o lance em questão não teve a falta caracterizada no momento em que o fragmento de vídeo termina, mas na continuação do lance.
No entanto, a justificativa não agradou ao senador Carlos Portinho (PL-RJ). Ele afirmou que o protocolo, por não obrigar o árbitro de vídeo a disponibilizar todas as imagens possíveis, causa uma possibilidade de manipulação.
“Como que o Bráulio, excelente árbitro, que tava certo, vai saber que omitiram dele a câmera? Isso é inexplicável. Quando eu disse que havia indícios, e não me refiro a comportamento de atletas, isso aqui é materialidade”, disse.