Fifa adota punição esportiva por racismo e cria gesto específico para avisar aos árbitros

Foto: Angelika Warmuth/Reuters
Resumo
A Fifa anunciou, nesta quinta-feira (16), que a partir de agora irá castigar esportivamente atos racistas no futebol.

A Fifa anunciou, nesta quinta-feira (16), que a partir de agora irá castigar esportivamente atos racistas no futebol. A entidade afirmou que vai obrigar suas 211 filiadas a incluírem, em seus códigos disciplinares, artigos específicos para enquadrar crimes de racismo com “sanções próprias e severas”.

Essas sanções, inclusive, podem levar ao encerramento da partida, com derrota do time que estiver associado ao ato racista.

Além disso, a entidade máxima do futebol decidiu também por criar um gesto específico para que os jogadores para avisarem os árbitros sobre insultos racistas. O gesto será com os dois braços cruzados na altura dos punhos, com as mãos estendidas e os dedos esticados.

Procedimento de gestos da arbitragem criado pela Fifa para casos de racismo no futebol — Foto: Reprodução

Os árbitros também farão o mesmo gesto. A lógica é a mesma de quando eles fazem o sinal de quadrado ao anunciar que irão rever alguma decisão de campo no VAR. O intuito é informar ao público que vai ter início o protocolo de três passos, que a partir de agora também será obrigatório para as 211 associações nacionais de futebol. O protocolo funciona da seguinte maneira:

  1. O árbitro deve parar e pedir um anúncio (ao sistema de som e/ou telão) exigindo o fim do comportamento racista;
  2. Caso os atos continuem, o árbitro pode suspender a partida temporariamente, com a saída dos times de campo e um novo anúncio de advertência
  3. Finalmente, se o comportamento ainda persistir, o árbitro pode determinar o fim da partida, com derrota do time associado aos atos racistas

Pressão política e Painel Antirracista

Além de punições esportivas, em campo, a Fifa também anunciou que vai lutar para que o racismo seja reconhecido como crime em todos os países, “com punições severas”. Sem poder para alterar a legislação de nenhum país, a entidade afirmou que fará pressões políticas para que isso aconteça.

Para aconselhar e acompanhar a implementação desse plano nas 211 associações nacionais de futebol, a Fifa irá criar um Painel Antirracista com jogadores e ex-jogadores. Além disso, a entidade ainda afirmou que irá criar um programa específico de educação.

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