O West Ham colocou uma condição para negociar Lucas Paquetá com o Flamengo: só aceita fazer negócio se for por uma transferência em definitivo. Por isso, o Flamengo se cerca de cuidados jurídicos que justifiquem o investimento para trazer de volta para casa o meia da seleção brasileira. A informação é do ge.
O risco da operação é claro, no entanto. Afinal, em condições normais seria impossível repatriar o jogador, que chegou ao West Ham há dois anos por 60 milhões de euros. Antes do escândalo envolvendo as apostas esportivas, seu valor de mercado estava estimado em 100 milhões de euros.
Mas, com a possível punição de Paquetá à caminho, o West Ham entende que recuperar ao menos parte do valor investido é a única alternativa que lhe resta.
O Flamengo já negocia pelo jogador há cerca de um mês e sabe há pelo menos três semanas que não há possibilidadede um acerto por empréstimo. Nesse sentido, o clube carioca busca fundamentos jurídicos para entender a viabilidade do investimento.
Internamente há uma estimativa de que o veredito da investigação não sairá em um período breve e há recursos suficientes para mantê-lo em atividade mesmo em caso de sanção.
O veredito
Para estar ciente de todas as possibilidades, o Flamengo acionou o escritório de advocacia Bichara e Motta, especialista em FIFA, para consultoria com o intuito de entender o desenrolar jurídico caso Paquetá seja punido.
O parecer do escritório é de que há recursos que poderiam manter o atleta em atividade e até mesmo tentar manter a sanção apenas para dentro da Inglaterra.
Isso porque, a partir do momento que for dado o veredito, Lucas Paquetá poderá recorrer na própria Federação Inglesa. Após isso, é possível recorrer na Corte Arbitral do Esporte (CAS). Sendo assim, enquanto a pena estiver vinculada ao futebol inglês, o meia poderia seguir em atividade no Brasil.
Além destes fatories, há ainda, a parte que cabe à FIFA, que habitualmente nestes casos homologa a pena a nível mundial. Mas essa pena costuma acontecer meses após o veredito final. Assim, caberia recurso no Comitê de Apelação da entidade e, em última instância, novamente no CAS.
