As contratações mais subestimadas do Flamengo nos últimos anos

Resumo
O período estrelado do Flamengo permite analisar as contratações somente como fracassadas ou certeiras? Decidi trazer nomes subestimados

O Flamengo se consolidou nos últimos anos como um dos times mais ricos do país. As contratações do clube carioca parecem não ter meio termo, ainda mais pelos valores que a maioria delas têm. Ou deu certo ou deu errado. Ou cumpriu a expectativa ou não cumpriu em nada. Pensando nisso, vamos tentar traçar uma linha tênue e discutir outra questão?

Vou trazer alguns nomes que, na minha opinião, tiveram uma passagem subestimada pelo Flamengo. Foram importantes em determinados momentos e não recebem o conhecimento dos torcedores, ou então recebem de uma maneira velada, sem tanto prestígio.

Márcio Araújo

O volante passou quatro anos no Flamengo e em todos eles fez mais de 45 jogos, se consolidando como peça importante da maioria dos treinadores que passavam. Por mais que atualmente o futebol exija um papel do primeiro volante, na época, Márcio cumpria muito bem. Era um exímio ladrão de bolas, mesmo sem técnica para sair jogando, mas esse papel ficava mais na mão do segundo volante em si.

Ninguém passa por Atlético-MG, Palmeiras e Flamengo sendo ruim, né? Sem contar o gol do título do Campeonato Carioca de 2014, contra o Vasco. Merece as críticas que recebeu, mas também merece os aplausos que não lhe foram dados.

Paulinho

Como esquecer de um dos membros do Bonde da Stella (boa cerveja, por sinal)? Ainda que tenha sido marcado para alguns por problema extracampo, é impossível esquecer do que o atacante fez na Copa do Brasil de 2013. Vejo sempre os torcedores exaltando o Brocador, que merece todas as glórias, mas esquecendo daquele ponta rápido que acabava com as defesas.

O que o Paulinho fez contra o Botafogo naquele 4 a 0, no Maracanã, foi maluquice. O drible dele para o gol do Elias na final foi surreal. Era mágico. Nos dois anos seguintes, acabou sofrendo com a falta de companheiros de qualidade e indisciplina, mas marcou seus golzinhos e merece ser lembrado com mais carinho.

Santos

Depois de dois nomes do passado, puxando para um mais recente. Um dos grandes problemas do Flamengo em 2022 era o gol, já que nenhum dos nomes passava confiança. Não à toa o Rubro-Negro fez um investimento para tirá-lo do Athletico, e valeu a pena. Um título da Copa do Brasil e outro da LIbertadores, com Santos sendo peça determinante não só com defesas, mas também uma liderança e diálogo que conduziram o clube carioca a glória. O 2023 foi instável assim como de todos os outros.

Alecsandro

O bom Alecgol? No ano seguinte ao título da Copa do Brasil, o Flamengo trouxe um grande nome pra dar opções ofensivas. Foram 69 jogos e 32 gols para o centroavante, em um time que acabou perdendo peças. Marcando em clássicos e sendo o batedor de pênalti em momentos decisivos. O futebol brasileiro teve no passado grandes centroavantes que cravavam muito e não tinham grife, por isso não são tão lembrados atualmente. Alecsandro é um deles.

Renê

Ele chegou ao Flamengo como o melhor lateral-esquerdo do Campeonato Brasileiro atuando pelo Sport. Nos anos em que esteve no Rubro-Negro, sempre apareceu como um dos melhores da competição e sempre dando uma consistência importante no setor defensivo. É verdade que com a chegada de Filipe Luís em 2019 as comparações tornaram desproporcional a análise, já que o ex-Atlético de Madrid era uma extraclasse. Desfilava em campo. Mas Renê mostrou seu valor ao longo de sua história no Mengo.

Thiago Maia

Deixando por último aquele que segue no Flamengo e está sendo muito criticado nos últimos anos. Eu acredito que acabou o ciclo do Thiago Maia e que não tem clima mais com a torcida? Sim, mas ele está longe de ser o péssimo jogador que estão pintando. É preciso lembrar que o volante quase roubou a titularidade do Willian Arão em 2020, antes de lesionar gravamente o joelho.

Em 2022, foi fundamental na dupla com João Gomes para os títulos da Libertadores e da Copa do Brasil. Seu 2023 realmente não foi nada bom, mas poucos se salvam desse ano do Flamengo. Sem esquecer que o meio-campista é flamenguista desde criancinha e celebrou o título da Liberta em 2019, como torcedor. Ter a honra de conquistar a taça pelo seu título do coração anos depois foi muito simbólico. Merece respirar novos ares, mas sua passagem pelo Rubro-Negro é longe de ruim.

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