Campanha do Cruzeiro na Copinha é um título, premia SAF e aponta para um novo clube

Foto: Staff Images / Cruzeiro
Resumo
O Cruzeiro está na final da Copinha e disputará o título contra o Corinthians na próxima quinta-feira (25), às 15h30 na Neo Química Arena.

O Cruzeiro está na final da Copinha e disputará o título contra o Corinthians na próxima quinta-feira (25), às 15h30 na Neo Química Arena. A Raposa buscará a conquista do seu segundo título da competição de juniores, enquanto o Timão é o maior campeão da competição, com dez títulos.

Mas, antes mesmo do resultado final, o torcedor cruzeirense tem motivos de sobras para comemorar. Com uma das menores médias de idade da competição e sem nenhum jogador nascido em 2003, a campanha na Copa São Paulo de Futebol Júnior deve, por si só, ser comemorada como título.

Evolução

A última vez que o Cruzeiro chegou a uma final da Copinha foi em 2007, quando foi campeão nos pênaltis contra o São Paulo após o empate em 1 a 1 no tempo regulamentar. De lá pra cá, o máximo que os Crias da Toca chegaram foi a uma conquista de terceiro lugar, em 2016.

Enquanto isso, viu o conterrâneo América-MG começar a se destacar na categoria, conquistando um quarto, dois terceiros e segundo lugar na competição. Além disso, vale ressaltar, o Coelho é o atual vice-campeão da Copa São Paulo.

No entanto, principalmente após a chegada da Sociedade Anônima do Futebol (SAF) na gestão do Ronaldo Fenômeno os ventos começaram a mudar para as categorias de base.

Os jovens jogadores, antes tratados apenas como moeda de troca, agora passam a representar parte importante do Cruzeiro. Tanto é que boa parte dos jovens da atual edição da Copinha têm contratos longos e outros foram renovados neste ano, casos do goleiro Otávio e do meia Jhosefer, destaques da Raposa na Copinha.

Frutos

O investimento e o tratamento profissional geraram frutos de cara. As marcas mais expressivas, claro, ficam por conta do ano de 2023, em que os garotos foram campeões da Copa do Brasil sobre o Grêmio (2×0) e campeões Mineiros sobre o Coimbra (1×0). Vale lembrar que antes da final a Raposa eliminou o maior rival, Atlético-MG, nos pênaltis.

Agora, já em 2024, os frutos continuam e com novos garotos. A base do time de Fernando Seabra continua a mesma campeã em 2023, mas sem a presença de jogadores como Robert, Japa, Henrique Rodrigues, Ruan Santos e Weverton, que já treinam com o profissional.

Com um time com apenas quatro jogadores nascidos em 2004 e apenas o zagueiro Pedrão com 20 anos completos, a Raposa tem, neste elenco da Copinha, atletas que ainda possuem, pelo menos, mais duas temporadas na categorias. Outros que não possuem mais nenhum ano de Copa São Paulo, casos do próprio Pedrão e Jhosefer, já é possível perceber a possibilidade de integração ao elenco profissional ao final da competição.

Conseguir se manter no topo da prateleira mesmo após perder peças importantes de conquistas recentes, ainda mais na base, é dificílimo. No entanto, graças ao trabalho da SAF e, claro, da comissão técnica, a Raposa começa a montar uma identidade vencedora para as suas categorias de base.

Foto: Staff Images / Cruzeiro

Em relação a comissão técnica, por motivos óbvios, é preciso ressaltar o trabalho de Fernando Seabra. O exemplo mais claro de uma mudança drástica de postura e melhora da equipe após as substituições foi na vitória por 3 a 0 contra o Santos, nas quartas de final. Entretanto, não foram poucas as vezes em que Seabra precisou mexer em peças ou no esquema tático para fazer sua equipe render. E, pasmem, quase sempre funcionou.

Tal sucesso passa pelo profissionalismo da gestão e da comissão técnica. Mas, a maior vitória para o torcedor neste momento não deve ser o título de uma competição que precisa revelar garotos. Mas sim enxergar a base sendo valorizada, bem trabalhada e com potencial de grandes frutos ao clube.

Potência poliesportiva

Mas, o sucesso do Cruzeiro não se limita apenas a base. Vale lembrar que, logo após assumir o comando da SAF cruzeirense, Ronaldo Fenômeno afirmou que o objetivo dele era tornar um Cruzeiro uma potência novamente.

E tal afirmação foi comprovada com as ações do clube desde então. Enquanto muitos times profissionais caminham para o descaso total com o futebol feminino, por exemplo, o Cruzeiro aposta em uma gestão eficiente e profissional para tornar-se umas das principais forças do futebol brasileiro, que já colheu os primeiros frutos com o título mineiro sobre o maior rival em 2023.

Foto: Gustavo Martins/ Cruzeiro

Além disso, a SAF não esconde também a vontade de investir em novos esportes. Recentemente, por exemplo, o Basquete do Cruzeiro venceu o Santos na final do Campeonato Brasileiro e conquistou a vaga para a NBB, principal nível da categoria. O vôlei, por sua vez, segue sendo uma potência. Além deles, o futebol americano e as várias gamas do e-Sport seguem no radar para novos investimento.

Ou seja, a mensagem que fica é clara e evidente. O futebol do Cruzeiro, claro, é o que dá mais retorno financeiro e movimenta mais torcedores. No entanto, as outras diversas áreas também serão valorizados. A ideia, novamente, não é tornar o clube celeste em uma potencial no futebol. Na verdade, é torná-lo uma potência poliesportiva, com sustentabilidade e grandes times em todas as áreas.

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