Presidente da Chapecoense fala sobre atual situação do clube

Foto: Márcio Cunha/ACF.

Nei Maidana destacou as principais dificuldades do clube na reformulação que vem passando desde o acidente que vitimou 71 pessoas, quando a equipe se dirigia a Colômbia, para disputar o primeiro jogo da final.

O dirigente está em seu segundo período de mandato, tendo sido eleito a primeira vez em 2009 quando o clube estava na quarta divisão, brigando pelo acesso à terceira divisão nacional, que posteriormente veio a ser conquistado, sendo a primeira vez que a equipe catarinense, alcançou tal feito. “Coincidentemente, 2009 o clube estava em uma situação bem delicada, quando basicamente ninguém queria assumir”, destacou o presidente que foi o único a lançar candidatura, para as eleições da Chapecoense em 2021.

Um ano após o acidente que mudou a trajetória do Alviverde no cenário nacional, Nei Maidana era vice-presidente do clube, e sempre esteve diretamente ligado a busca pela reconstrução do time dentro e fora das quatro linhas. “Estamos tentando deixar o clube em uma situação melhor, para que a gente consiga voltar àquele 2016, onde foi o ápice da nossa história. Será um caminho muito longo, que teremos que percorrer para chegar novamente ao que foi a Chapecoense naquele ano, não foi algo conquistado de um ano pro outro”, ressaltou.

O diretor que está em seu último ano de mandato, deve se candidatar para reeleição a frente do clube, que apenas uma vez na história, realmente teve eleições para presidência, isto porque, normalmente os candidatos possuem chapa única, já que desde que foi feita a união da Chapecoense em 2006, o grupo de empresários acredita na união, como o melhor caminho. “Eu não acho que aquela proposta de o clube não cair por 5 anos era correto, mas que se fosse mantido o orçamento de Série A por alguns anos, isso, sim, poderia ter sido feito pela própria CBF. Nossa arrecadação sempre foi muito pequena, e isso foi determinante. Na Série A nosso orçamento era de 30 e poucos milhões, e agora recebemos 8 milhões em pouco, fica impossível de manter muitos compromissos. Ainda pagamos as famílias, para darmos a eles um alento após o acidente”, destacou o presidente.

Atualmente, a Chapecoense é a décima sétima equipe da Série B, sendo a primeira dentro da zona de rebaixamento. Em 32 rodadas, o time teve sete vitórias, 12 empates e 13 derrotas, somando 33 pontos, um a menos que a Ponte Preta, primeiro time fora. Agora a tarefa do presidente é se manter na segunda divisão para buscar reerguer o time nos próximos anos: “Nossa dívida se aproximou dos 300 milhões após o acidente, o clube estava muito próximo de fechar as portas. Estamos tentando uma reconstrução para que o futuro seja melhor, porque queremos que a Chape volte a ser organizada, e dispute grandes competições”.

No momento de muitas negociações para transformar a administração de clubes brasileiros, em um novo modelo, Nei demonstrou que está pode ser uma saída: “Todo ano estamos reconstruindo, é difícil, mas é possível voltar a ser aquele clube de 2016. Acho que o caminho está levando as SAFs, e acredito que pra Chapecoense a profissionalização do futebol é a saída. Acho que é aí a chape tem mais possibilidades de crescer novamente, e voltar a disputar uma final, ou uma competição internacional”.

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