Paraibano, Hulk exalta momento vivido pelo futebol nordestino e relembra racismo sofrido na Rússia

Resumo
Com grande passagem pelo Zenit, da Rússia, o atacante Hulk relembrou seu período no país europeu e o racismo sofrido quando atuava por lá

De olho nos próximos jogos, principalmente na volta das quartas de final da Libertadores diante o Fluminense, o Atlético segue treinando e conta com seu principal nome para buscar a vitória em casa: o camisa 07 Hulk. O jogador é ídolo do clube e busca seguir na briga pelo tão sonhado título continental.

Com uma identificação gigantesca com o clube alvinegro, Hulk concedeu entrevista exclusiva ao ge e falou a respeito do momento atual do futebol nordestino, exaltando clubes como Fortaleza e Bahia. Hulk é natural da Paraíba, e sempre defendeu o futebol local.

Sem dúvida, não só pelas questões dos investimentos, mas a evolução que teve também no futebol. Hoje os times estão muito bem estruturados, não só do Nordeste, mas de todo o Brasil.

O Fortaleza é um time que eu tiro o chapéu. Desde que eu cheguei aqui, é um time que está sempre batendo lá em cima. Chegou na final da Sul-americana, merece muito respeito, muito bem organizado. O Bahia é do Grupo City, um grupo mundialmente muito forte”

Por fim, o jogador relembrou os tristes episódios de racismo sofridos na época de Zenit, no futebol russo.

No início, eu sofri um pouco, tem até um gol que viralizou, acho que contra o Benfica no Estádio da Luz. Eu puxo a bola da direita e faço o gol. Para te falar a verdade, eu nem percebi naquele momento a torcida fazendo esse gesto, mas, onde eu presenciei e sofri um pouco mais, foi na Rússia. As torcidas adversárias ficavam com cânticos racistas, eu sofria bastante. Era uma novidade para mim, eu não sabia como lidar naquele momento. Depois, os jogadores, quando a gente chegava no vestiário, o próprio tradutor, junto com o diretor do clube, tentaram conversar comigo, me aconselhando.

Chegou em um ponto que eu falava: “Cara, eu tenho que entender como eu vou lidar com isso para que não me afete dentro de campo”. Na hora que eu fui bater o escanteio, a torcida começou com esse cântico, eu comecei a mandar beijo do nada, a dar risada, foi uma forma que eu me senti bem de fazer. Quando eles vinham com esses atos, eu mandava beijo, dava risada, meio que era um choque para eles. Começavam mais, eu dava risada e mandava beijo. Eles iam parando assim. Eu comecei a me sentir bem quando eu tive essa reação. Não foi fácil, sofri bastante. Infelizmente, a gente presencia isso até hoje. Não deveria acontecer.

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