De olho nos próximos jogos, principalmente na volta das quartas de final da Libertadores diante o Fluminense, o Atlético segue treinando e conta com seu principal nome para buscar a vitória em casa: o camisa 07 Hulk. O jogador é ídolo do clube e busca seguir na briga pelo tão sonhado título continental.
Com uma identificação gigantesca com o clube alvinegro, Hulk concedeu entrevista exclusiva ao ge e falou a respeito de alguns temas, como sua quase saída do clube ao final do último ano.
“Na verdade, eu pensei sim (em sair do Galo). Trouxe até uma proposta para o Rodrigo (Caetano, diretor de futebol). Ninguém sabe disso, não abri para ninguém. Tinha uma proposta da Arábia, mostrei para o Rodrigo e falei: “Quero ir embora, estou cansado disso”.
O Rodrigo veio e aliviou meu coração. Disse: “a Camila está grávida. Vai nascer sua filha”. Resolvi ficar. É claro que a cabeça quente acabou impulsionando eu falar aquilo. Mas eu tinha proposta sim”, concluiu Hulk.
O jogador, contudo, relembrou também a escolha pelo alvinegro no Brasil e falou sobre ter deixado grandes valores do futebol chinês para trás para assinar com o Atlético.
Se for falar de perder, acho que é parte financeira, mas isso daí nunca é perda. Ninguém compra a tua felicidade, a tua paz. Não tem dinheiro no mundo que compre isso. Eu decidi voltar porque em 2020 veio a pandemia. Eu estava jogando na China, lá virou uma bolha, não entrava ninguém e não saia ninguém. Eu fiquei uns sete meses, oito meses sem ver os meus filhos, isso pesou muito. Eu sou muito apegado aos meus filhos. Quando entrei em férias, acabou o contrato com o Shangai, eu falei que não ia renovar e minha decisão era não ficar na China. Voltei para o Brasil, peguei meus filhos, saímos de férias, conversei com eles e eles pediram muito para eu ficar no Brasil. Eu falei que estava estudando, que tinha propostas da Europa e tal, e eles: “É, mas, se você ficasse no Brasil, ia ser bacana.” Eu falei: “Filho, com certeza, o melhor vai ser resolvido”. Daí foi, deixei nas mãos de Deus, vieram algumas propostas do Brasil, estudei algumas, algumas financeiramente até bem melhor que a do Galo, mas, assim, no momento não aceitei porque falei que não era o que eu queria no momento.
Quando chegou o projeto do Galo, eu olhei, estudei junto com a minha esposa e falei: “Acho que é essa é a ideia aqui”, conversei bastante com Deus. Me lembro até que familiares próximos falavam: “Tinha esse clube aqui, tinha esse clube ali”. Graças a Deus, sem dúvidas, foi a melhor escolha que eu poderia ter feito. Chegar aqui em 2021, ter aquele ano maravilhoso e ter aquela ligação tão forte que eu tenho com a família Clube Atlético Mineiro, o respeito, essa gratidão que eu tenho por me receber tão bem, não só eu, mas todos os meus familiares. Sem dúvida foi a melhor decisão. Esse foi o motivo de eu voltar para o Brasil.