Após a decisão judicial que afastou a 777 Partners do controle da SAF do Vasco, o presidente do clube associativo, Pedrinho, explicou o afastamento. Em entrevista coletiva na tarde desta quinta-feira (16), o ex-jogador explicou que a ação da associação foi para proteger o Vasco.
De acordo com ele, a ideia era impedir que o que aconteceu no Standard Liège, da Bélgica, aconteça no clube carioca e o Cruzmaltino não entre em colapso financeiro. Vale lembrar que, nesta quinta, a Justiça da Bélgica bloqueou todos os bens da 777 no país europeu.
"A ação é exclusivamente de proteção à Vasco SAF, para não acontecer o que aconteceu hoje com o clube belga, é para proteger as ações da SAF. Para que o Vasco não fosse prejudicado com um bloqueio e entrasse em um colapso financeiro. Eu sou vascaíno e todas as ações são para proteger o torcedor. A ação é jurídica, não tem intuito esportivo", explicou Pedrinho.
Pedrinho ainda complementou, dizendo que muitas pessoas comentaram coisas injustas sobre ele. Ele ainda ressaltou que seu problema nunca foi com a SAF e nunca será, mas sim a legitimidade financeira.
"O sentimento de amor que tenho pelo Vasco e as injustiças que estão sendo comentadas com relação a mim, as pessoas vão se arrepender. As pessoas só começaram a acreditar quando as informações foram dadas por veículos estrangeiros. Meu problema nunca foi e nunca será com a SAF, mas a legitimidade financeira. Diversas vezes pedimos garantias financeiras para não chegar nesse nível. Fiz isso para o Vasco SAF não quebrar", concluiu.
No entanto, o dirigente destacou que entrou em contato com dirigentes da SAF nesta quinta para tranquilizá-los quanto à continuidade dos processos do futebol. Segundo ele, o futebol do clube continua e continuará com a Sociedade Anônima do Futebol.
"O futebol não volta para o associativo, permanece e permanecerá com a SAF. A SAF continuará para sempre. Todo planejamento esportivo e financeiro continua com a SAF. Mesmo com as restrições, nunca deixei de sinalizar tudo o que estava acontecendo. Seria fácil eu lavar minhas mãos, esperando o caos acontecer, e dizer depois que eu avisei. O mais difícil para mim foi ter entrado com a ação. Tem que ter muita coragem para fazer o que fizemos, tudo em respeito à instituição Vasco da Gama. O que fizemos foi fiscalizar e cobrar. Quando muitas vezes virei chacota é lógico que machuca. Entrei aqui para pagar um preço que muita gente não quis pagar", afirmou.