A 'reinvenção' do futebol brasileiro e mundial, tem sido os clubes se tornar SAF, buscando sócios investidores. Neste contexto, alguns clubes brasileiros já aderiram à mudança, mas ainda nenhum despontou, mesmo com todo aporte financeiro injetado. Na atual temporada, o Botafogo lidera o Brasileiro, semelhante ao que fez o ano passado, mas caiu na reta final, enquanto o Cruzeiro é o 5º, o Bahia é o 7º e o Vasco é o 8º, todos SAF e com grandes investimentos.

O Santos vem vivendo um momento financeiro bastante complicado. O rebaixamento para a Série B e não disputar a Copa do Brasil de 2024, limitou bastante a captação financeira do clube. No entanto, as negociações de atletas em 2024, movimentaram mais de R$ 200 milhões, que a diretoria santista utilizou para quitar despesas que estavam em situação preocupante, rendendo juros e transferban ao Santos. Com a quantidade de contas a pagar

Em entrevista ao programa Letsgoat na última segunda-feira, o presidente Marcelo Teixeira falou sobre as dificuldades financeiras do Santos e também falou sobre o Santos se tornar uma SAF. “A SAF é uma alternativa para o futuro, mas precisa ser amadurecida no futebol brasileiro. Existem exemplos positivos e negativos de clubes que adotaram o modelo. O importante, neste momento, é o Santos ter uma gestão sólida e competente antes de considerar esse tipo de mudança.”

No entendimento do presidente santista, não é o momento do Santos se tornar uma SAF, pois precisa melhorar sua imagem no mercado nacional e internacional. “O Santos não precisa de uma SAF no momento. A prioridade deve ser a gestão, já que o clube está na Série B e ainda carrega uma imagem negativa recente. A ideia de SAF, semelhante a comprar ações em baixa, não faz sentido agora. O foco é melhorar a credibilidade e a competência da gestão para recolocar o Santos como potência no futebol brasileiro.”

Para se tornar SAF, o Santos deverá alterar seu estatuto, que atualmente permite que seja negociado 49% de suas ações, o que não daria controle majoritário ao investidor. A última alteração foi feita em 2022, com aprovação dos sócios, após passar pelo Conselho Deliberativo e mantém o Clube com 51% das ações. Em caso de se tornar SAF, de acordo com a Lei 14.193/2021, pode-se vender 49% das ações, e para isto, terá que ter a aprovação do Comitê de Gestão, Conselho Deliberativo e finalizado com Assembleia Geral, com a votação ds sócios.