Abel Ferreira, do Palmeiras, ainda não se pronunciou publicamente após os acontecimentos do último clássico contra o São Paulo. No entanto, o treinador disse a pessoas próximas que espera uma punição ao diretor Carlos Belmonte.
Isso porque, o dirigente do São Paulo chamou o comandante palmeirense de "português de m...." após o empate em 1 a 1 no Morumbis. Após toda a confusão, o Palmeiras deu respaldo ao técnico Abel Ferreira, ofereceu um advogado e, em contato com o ge, a presidente Leila Pereira disse que as ofensas de Belmonte foram xenofóbicas e o definiu como 'persona non grata' nos jogos do Verdão.
Por outro lado, Julio Casares, mandatário do São Paulo, rebateu. Sem citar Abel, o dirigente rival listou casos em que o treinador foi punido. Em nota, o presidente afirmou que repudia quem maltrata jornalista de diversas maneiras, dando a entender que a indireta era ao treinador palmeirense.
"Repudio quem maltrata jornalista retirando seu instrumento de trabalho das mãos, quem chuta microfone, quem peita jogador do time adversário mesmo não sendo atleta", disse Casares, em nota.
Após a declaração, Abel teria conversado com interlocutores e admitido que foi justa a punição a ele, mas que espera o mesmo tratamento com Belmonte. Nesse sentido, a diretoria do Palmeiras mantém contato nos últimos dias com o técnico para definir quais os próximos passos, inclusive na Justiça.
"O Abel eu tenho certeza que fica muito chateado (com os xingamentos), mas fica tranquilo, porque sabe que o Palmeiras está ao lado dele, dá todo apoio que ele precise e a gente respeita o caminho que o Abel quiser traçar. (...) Se ele falar: 'Palmeiras, quero processar o diretor de futebol'. Processaremos. 'Não quero fazer nada'. Não faremos. O que cabe ao Abel, a gente respeita a decisão do treinador", disse Leila Pereira ao ge.