Na manhã desta terça (01), o zagueiro Pedro Geromel anunciou sua aposentadoria do futebol. O defensor é ídolo do Grêmio e deixará o Tricolor após 11 temporadas, com seu nome na lista dos atletas que mais vestiram a camisa do clube.

Em entrevista coletiva na sala de imprensa do CT Luiz Carvalho, Pedro Geromel revelou que decidiu pendurar as chuteiras e relembrou momentos únicos vividos pelo clube, como a Libertadores de 2017.

"Para mim o momento mais épico, histórico, é quando a gente vai jogar a final lá no Mineirão da Copa do Brasil, com Grêmio há 15 anos sem conquistar um título. E a gente consegue fazer um gol no último lance, onde eu faço uma jogada e cruzo com o Cebolinha. Para mim esse momento vai ficar eternizado na minha memória. Foi um gol decisivo que praticamente decidiu o título ali para a gente. E a alegria, né? De sair na rua e ser reconhecido, como você mesmo fez referência. Eu sou muito grato a todos os torcedores que sempre me apoiaram, todo mundo em Porto Alegre que sempre me recebeu de braços abertos. E o prazer que eu tenho de vestir essa camiseta, de ter a sorte de ter jogado no Grêmio por tanto tempo. Só agradecer a todo mundo".

O jogador comentou a importância do Grêmio em sua carreira e em sua vida, e os grandes títulos conquistados pelo Tricolor.

"O Grêmio me possibilitou ganhar títulos, vestir a camisa da seleção brasileira, ser conhecido pelo meu trabalho. Eu acho que todo profissional tem esse desejo, eu sou muito grato por tudo que o Grêmio proporcionou. Meus filhos são gaúchos, eu tenho três filhos que torcem muito, que me cobram muito porque eu não estou jogando, que reclamam quando a gente ganha, quando a gente perde, que vão para escola, usam a camiseta, ficam faceiros de ir para o estádio. Então o Grêmio hoje faz parte da minha vida e eu sou muito grato por tudo isso. Muito feliz por ter tido essa oportunidade".

Por fim, o zagueiro revelou seus planos para o futuro após a aposentadoria do esporte.

"Eu saí de casa com 17 anos, já estou com 39, já fazem 22 anos que eu estou nessa estrada. E agora eu estou priorizando o meu tempo com a minha família, vou ser mais presente, vou ser mais pai, vou levar as crianças na escola, buscar. O que que eu vou fazer depois? Sinceramente não sei. E tenho essa vontade de passar mais tempo em casa. Se eu ficar aqui eu vou querer fazer tudo direito, vou querer treinar, eu sou um dos primeiros a chegar, um dos últimos a ir embora, porque eu tenho que me preparar, tenho que me condicionar, tenho que cuidar a alimentação, tenho que cuidar do meu descanso, tenho que fazer tudo isso, não é simplesmente chegar e jogar sexta-feira. Seria muito legal jogar mais um Gauchão e jogar mais no Campeonato Brasileiro, mas isso demanda muito de mim. Então eu decidi fazer isso para priorizar outras coisas".

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