O Superior Tribunal de Justiça (STJ) formou maioria nesta quarta-feira (20) e votou pela prisão de Robinho no Brasil Brasil por estupro. Com isso, o ex-jogador precisará cumprir 9 anos de prisão por estuprar uma mulher de 23 anos em uma boate na Itália, em 2013.
O STJ votou, portanto, pela homologação da sentença da Justiça italiana, que o condenou a nove anos de prisão por estupro. No entanto, mesmo com a decisão desta quarta, Robinho ainda pode recorrer.
Nove dos 13 ministros já votaram à favor da prisão do ex-jogador. Na sessão, o ministro relator Francisco Falcão pediu a prisão imediata de Robinho e a homologação da sentença italiana para o jogador cumprir a pena em território brasileiro. Seguiram o relator:
- Humberto Martins;
- Herman Benjamin;
- Luis Felipe Salomão;
- Mauro Campbell;
- Maria Isabel Gallotti;
- Antônio Carlos Ferreira;
Mas, mesmo com a solicitação para a prisão imediata, isso não acontecerá. Isso porque, é necessário que os demais ministros concordem para que o pedido vá para Justiça Federal de Santos, que tratará de executá-lo, algo que leva tempo.
Além disso, vale lembrar que defesa de Robinho tem o direito de pedir um Habeas Corpus em caso de ordem de prisão imediata. Inclusive, já foi sinalizada a intenção de emitir o pedido se a ordem for expedida, de acordo com o UOL.
Até o momento, apenas dois ministros votaram contra a prisão do jogador e independente do voto dos ministros restantes, já são minoria. Raul Araújo e Benedito Gonçalves são os que se manifestaram contrário à execução dessa pena no Brasil.
Relembre o caso
Robinho foi condenado em 2017 por atos ocorridos em 2013. No ano em questão, ele teria participado de um estupro coletivo de uma jovem na Sio Café, uma conhecida boate de Milão, na madrugada do dia 22 de janeiro.
Na ocasião, a vítima estaria comemorando seus 23 anos e o crime aconteceu dentro de um dos camarins da boate onde ela festejava seu aniversário.
Além de Robinho e de Falco, outros quatro brasileiros, segundo a denúncia da Procuradoria da cidade, participaram da violência sexual contra uma mulher de origem albanesa. No entanto, os demais brasileiros, amigos do jogador, deixaram a Itália durante a investigação e não foram acusados, sendo apenas citados nos autos.