Neste sábado (17), às 16h30, no Estádio Orlando Scarpelli, acontece o maior jogo do estado de Santa Catarina: Figueirense e Avaí. Mesmo com os respectivos terceiro e quarto lugar, as equipes entrarão em campo vivendo momentos distintos e com filosofias contrárias.

O mandante, Figueirense, tem a melhor defesa, com cinco gols sofridos, enquanto o Leão tem a pior, com 15 gols. No setor ofensivo, as coisas se invertem. O Avaí tem o melhor ataque da competição, com 16 gols marcados, enquanto o Furacão tem o pior, com seis.

Mesmo com a diferença das divisões nacionais, com o Avaí na Série B e o Figueirense na C, o clássico promete equilíbrio. Mas não é só a rivalidade que equilibra o jogo. Se a diferença do nível técnico individual é grande, o momento também é. O Alvinegro está há cinco jogos sem sofrer gol, seis sem perder e fez 10 pontos dos últimos 12 disputados. Todavia, o Avaí tomou pelo menos dois gols em todas as partidas desse campeonato e está há três rodadas sem vitória.

Se toda essa diferença não bastasse, as filosofias impostas pelos treinadores também se distinguem. O Figueirense, pelos números, claramente se preocupa primeiro em defender e depois atacar, já o Avaí adota aquele ditado "A melhor defesa é o ataque". Em seguida vamos destrinchar um pouquinho das características de cada.

JOÃO BURSE

Foto: Patrick Floriani/FFC

Organização, essa é a palavra que define o "Bursetismo", como os torcedores estão chamando. O time assustou no começo da temporada, levou quatro gols do Criciúma, mas depois disso apenas um. Mesmo que tenha aproximadamente apenas um mês de Catarinense, todos os atletas parecem já entrosados e cientes de suas funções em campo. A intensidade de marcação e velocidade na transição ofensiva com os pontas são as marcas registradas do time.

Para defender, Burse adota o clássico 4-4-2, tentando reduzir ao máximo os espaços do oponente. Ofensivamente ele tem variações, as vezes saída com três homens (Já usou o volante Léo Baiano e o lateral Jonathan para isso), em outros momentos usa o tradicional 4-3-3, com liberdade para o meia Cesinha.

EDUARDO BARROCA

Foto: Vivi Marques/Avaí FC

O técnico que salvou o Avaí do rebaixamento passa por um momento delicado. O torcedor que assiste o Avaí só tem uma certeza para o jogo: gols. O trabalho de Barroca é mais longo, mas também teve muitas mudanças no elenco, peças novas no time. Comparando com final do ano, o ataque passou a funcionar, já a defesa segue frágil. Problemas? As falhas constantes, o Avaí, coletivamente, não consegue neutralizar por completo os adversários, e todo jogo conta com falhas individuais.

Em ideia, Barroca não inova, joga com o clássico 4-3-3, com dois laterais que contribuem muito no ataque, e pontas com características de um contra um. O ponto mais forte, e também sua fragilidade, é ser uma equipe destemida.

Provável Avaí