A Federação Palestina de Futebol (PFA) vai pedir sanções contra as equipes israelenses durante o próximo Congresso da Fifa, no dia 17 de maio. O motivo da solicitação das sanções é por conta das"graves violações dos direitos humanos cometidas por Israel", segundo a PFA.
De acordo com o ge, esse será um dos principais pontos da agenda da 74ª reunião anual da entidade que comanda o futebol mundial, em Bangkok.
A federação formulou a proposta, inicialmente, em meados de março e a enviou à Uefa. Agora, a solicitação de sanções aos clubes israelenses provocará o primeiro debate numa grande organização esportiva sobre as consequências da guerra na Faixa de Gaza.
O sangrento conflito entre Israel e Palestina teve início após o violento ataque de 7 de outubro perpetrado pelo Hamas.
Para basear seu pedido, a PFA denunciou, em um texto de sete páginas, uma série de violações dos estatutos da Fifa por parte da Federação Israelense de Futebol (IFA). Elas vão desde as consequências diretas dos atentados - "pelo menos 92 jogadores de futebol mortos" em meados de março e todas as infraestruturas desportivas de Gaza destruídas – até a falta de luta contra a "discriminação e racismo" anti-palestiniano no futebol.
"Só no futebol israelense pode haver um clube que rejeite jogadores árabes e a violência extrema pode ser considerada uma simples infração disciplinar", descreve o texto enviado.
Além disso, ainda segundo o manifesto, dirigentes israelenses tem direcionado publicações nas redes sociais apoiando "o genocídio em Gaza".
Neste embate, ainda segundo o ge, a Federação Palestina tem o apoio das federações argelina, iraquiana, jordaniana, síria e iemenita. No entanto, não conta com as influentes federações do Catar ou da Arábia Saudita.