A Justiça de São Paulo atendeu a um pedido do advogado do lateral-direito Mayke, do Palmeiras, e bloqueou as contas do atacante Willian, atualmente no Athletico-PR. A defesa de Willian tentou reverter a decisão, mas não conseguiu. A informação é do ge.
Mayke cobra o recebimento de R$ 7,8 milhões do ex-companheiro de clube após investir em uma empresa de criptomoedas por recomendação dele.
Através de uma nota, os advogados de Willian manifestaram "absoluta discordância do teor da decisão", que se trata de uma decisão "precária e imatura" e que, por isso, vão adotar "medidas cabíveis".
O valor que o lateral do Palmeias cobra do atacante do Athletico-PR foi a Justiça quem estipulou no processo. Além de Willian, outras três pessoas também foram citadas.
O caso
Gustavo Scarpa, hoje no Nottingham Forest, e Mayke investiram na empresa após recomendação de Willian. O atacante, que atuou com a dupla no Palmeiras, já afirmou não ter tido nenhum benefício sobre os valores aportados pelos ex-companheiros. Além disso, ele alega também ser vítima e ter perdido cerca de R$ 17,5 milhões.
Mayke e sua esposa Rayanne investiram R$ 4.583.789,31. Durante um período quase 18 meses, a empresa prometeu um rendimento de R$ 3.250.443,30. Mas, o jogador pediu o resgate deste valor em outubro e não recebeu. Depois, soube que não conseguiria retirar, também, os R$ 4,5 milhões que aportou inicialmente. A soma destas quantias dá os R$ 7,8 milhões que ele pede no processo.
Nota dos advogados de Willian
"A assessoria jurídica cível do Sr. Willian Gomes de Siqueira, representada pelo escritório de advocacia Bruno Santana Advocacia e Consultoria, vem a público informar ter tomado ciência da decisão proferida pelo Magistrado da 14ª Vara Cível de São Paulo/SP.
Oportunidade que manifesta absoluta discordância do teor da decisão, face a ausência de responsabilidade da WLJC, do Sr. Willian Gomes de Siqueira e demais sócios acerca dos prejuízos causados pela Xland Holding Ltda.
Considerando que se trata de uma decisão precária e prematura, tendo em vista que o prazo de defesa sequer foi iniciado, adotaremos as medidas cabíveis a fim de buscarmos a reforma da decisão por meio da interposição do recurso processual adequado junto a instância superior.
Por fim, reiteramos a irrestrita convicção da ausência de qualquer responsabilidade jurídica do Sr. Willian Gomes de Siqueira, da WLJC e seus demais sócios no que se refere a qualquer prejuízo causado pela Xland Holding Ltda."