Nos pênaltis, o Cruzeiro perdeu para o América e deu adeus ao Campeonato Mineiro. Com o resultado, o Coelho mantém um tabu longo diante da Raposa, que já dura mais de dez jogos sem perder para o clube celeste em jogos do Estadual. Agora, aguarda o classificado de Atlético e Tombense.

Sem Matheus Pereira

Para o duelo decisivo dessa semifinal, o técnico Leonardo Jardim optou por não relacionar o camisa 10 Matheus Pereira. A decisão, segundo o comandante, foi por ter trabalhado a semana inteira com o planejamento de não ter o jogador para o duelo.

Isso porque, vale lembrar, Matheus esteve próximo de se transferir para o Zenit, mas de última hora optou por não assinar com os russos.

Postura diferente

Com uma postura diferente, o Cruzeiro iniciou a partida atuando de maneira mais vertical, intensa e organizada. A diferença organizacional ficava nítida, principalmente, na pressão alta. Os primeiros minutos do clube celeste, de fato, pareciam ter o dedo do novo técnico.

O jogo, com o passar do tempo, ficava mais aberto, com as duas equipes conseguindo criar. O América, chegou de cabeça com Renato Marques e, antes disso, em uma tentativa de cruzamento dentro da área. No entanto, as melhores chances até os 25 minutos foram do Cruzeiro, em uma bela jogada e finalização de Matheus Henrique e em uma arrancada de Kaio Jorge.

Falha defesiva, clima tenso e golaço de Romero

Foto: Gustavo Aleixo/Cruzeiro

Apesar da superioridade parcial do Cruzero, quem abriu o placar foi o América, aos 35 do primeiro tempo, com auxílio do VAR, que analisou possível impedimento. No lance, Cássio aceitou uma bola defensável e uma pane defensiva deixou Marlon livre para finalizar.

O gol do Coelho acendeu os ânimos em campo e o jogo se tornou muito mais brigado do que jogado. O árbitro Wilton Pereira Sampaio ia perdendo o controle do jogo.

Após o gol, o clube celeste tentava retomar o rumo da partida. Até que aos 40, Lucas Romero acertou um lindo chute de fora da área para empatar a partida em um golaço.

Segundo tempo morno

Diferente do primeiro tempo, a volta para o segundo tempo apresentou um jogo bem diferente dos primeiros 45 minutos. A etapa complementar foram muito mais morna, passando a impressão que os dois times estavam receosos de se expor e se complicarem no jogo que valia a vaga para a final.

Tentando mudar o cenário do jogo, os dois técnico usavam suas peças no banco de reservas. Em dado momento do lado do Cruzeiro, por exemplo, Leonardo Jardim não parecia gostar da ideia da partida ir para os pênaltis e colocou quatro atacantes na segunda etapa, com Dudu, Kaio Jorge, Gabigol e Marquinhos.

Pênalti polêmico e emoção até o fim

Foto: Gustavo Aleixo/Cruzeiro

Aos 45 do segundo tempo, Wilton Pereira Sampaio deu um pênalti polêmico para o América com auxílio do VAR. Os jogadores do Cruzeiro reclamaram muito da marcação, que poderia eliminar a Raposa.

Jonathas chamou a responsabilidade, colocou a bola de baixo do braço e tinha a missão de praticamente sacramentar o destino da final. No entanto, o jogador bateu mal e parou no goleiro Cássio.

Disputa de pênaltis, deu Coelho

Foto: Mourão Panda / América

Nos pênaltis, Cássio até pegou uma cobrança, mas William e Marlon desperdiçaram as suas, classificando o América para a final da competição. Agora, o Coelho aguarda o vencedor do confronto entre Tombense e Atlético. Vale lembrar que o Galo venceu o primeiro jogo por 2 a 0.