Com as semifinais do Campeonato Mineiro iniciando amanhã (15), o assunto nas ruas de Belo Horizonte ainda tem sido o clássico do último domingo (09), entre Cruzeiro e Atlético, que acabou com polêmicas da arbitragem.
Dessa forma, após reunião na sede da Federação Mineira de Futebol (FMF) na tarde de ontem (13), o diretor de futebol Celeste, Alexandre Mattos, afirmou que a FMF assumiu dois erros de arbitragem no clássico: o pisão do Lyanco e o segundo gol do Atlético. Em entrevista, Mattos destacou que o árbitro teria condicionado a atuação do VAR e que o árbitro de vídeo foi afastado.
“No caso do pisão no Dudu, que a gente diz que era para cartão vermelho, a Federação assumiu o erro que deveria ser chamado no VAR. Eles estavam focados no lance anterior de uma possível falta no ataque do Atlético e analisaram de maneira muito supérflua esse pisão. O Rodolpho Toski Marques (VAR) em 2 segundos disse: ‘Acidental, acidental’ e condicionou todo mundo e ficou por isso mesmo. Tinha que ter chamado o árbitro no VAR. Aí só Deus sabe a decisão que iam tomar.”
Contudo, após a reunião, através de sua assessoria, a FMF divulgou uma nota oficial sobre os episódios no clássico, e não afirmou o lance faltoso a favor do Cruzeiro, indo de encontro com o que foi dito por Alexandre Mattos. Confira a nota:
"A Federação Mineira de Futebol informa que foi realizada nesta quinta-feira, na sede da entidade, uma reunião com integrantes da diretoria do Cruzeiro Esporte Clube. Participaram da reunião pela FMF, o diretor de competições Gabriel Cunha, o presidente da comissão de arbitragem Márcio Eustáquio Santiago e o Chefe de Gabinete da Presidência, Daniel Las Casas.
O primeiro ponto a ser esclarecido é que, conforme o atual protocolo da Comissão de Arbitragem (CA), os clubes que tiverem qualquer questionamento em relação à arbitragem dos jogos, podem solicitar o acesso aos áudios e vídeos do VAR, o que é feito em reunião realizada diretamente entre a CA e o clube interessado. O objetivo é evitar distorções e/ou edições nos áudios e vídeos dos lances analisados.
Na reunião, foi relatado de que o lance envolvendo os atletas Lyanco, do Atlético, e Dudu, do Cruzeiro, foi acidental, na visão da Comissão de Arbitragem. Porém, como o árbitro central da partida não viu o lance no campo, a CA entende que ele poderia ter sido alertado pelo árbitro de vídeo, Rodolpho Toski Marques, para uma análise detalhada e decisão interpretativa por parte do árbitro de campo, Felipe Fernandes de Lima.
Na expulsão do atacante Gabriel Barbosa, a FMF também apresentou as imagens e áudios, em que ficou nítido que o árbitro de campo não argumentou que o atleta Lyanco, do Atlético, estava com a cabeça abaixada. Portanto, o árbitro de vídeo interpretou como agressão e convocou o árbitro de campo para avaliar o lance. Após analisar as imagens na ARA, ele aplicou o cartão vermelho.
No lance do segundo gol do Atlético, em jogada envolvendo Hulk e Fabrício Bruno, a FMF entende que deveria ter sido feita uma análise mais detalhada por parte do VAR, com o uso do zoom.
Ainda esclarecemos que, por conta da renovação da licença do árbitro Igor Junio Benevenuto, que atualmente está em Dubai, a FMF convidou para os jogos do Mineiro SICOOB 2025 os árbitros de vídeo de outro estado, Rodolpho Tosky Marques e Wagner Reway, ambos FIFA, que estão prestando serviços como VAR nos jogos da FMF desde a temporada 2024.
A FMF reforça que a reunião com o Cruzeiro foi transparente, colaborativa e cordial e que, diante das alegações do clube e da avaliação da FMF, o árbitro de vídeo Rodolpho Toski Marques não participará das fases decisivas do Campeonato Mineiro."