Em meados de fevereiro em 2022, o mundo do basquete tinha sua atenção tomada em prol de uma só coisa: para qual time iria Victor Wembanyama. Na época com 2,16, o francês havia aparecido aos holofotes no Metropolitans 92, mesmo com uma temporada conturbada após sair de uma das melhores equipes da liga francesa. Contudo, todos os amantes desse esporte ficaram impressionados com tamanha altura, envergadura e o principal: seu talento comandando jogo, seja nos handles ou nos arremessos.
Entretanto, esse não é nosso foco. Em 2023, foi anunciado a primeira escolha do draft - para a surpresa de zero pessoas. O problema que muitos não entendem é que, com esse motivo, não demos o devido palco aos gigantes prospectos da classe. Ausar Thompson, Scoot Henderson, Brandon Miller, André Jackson Jr, Jaime Jaquez Jr. Todos esses nomes citados acima são extremamente fora de curva, e, caso fossem selecionados em outro ano, com certeza iriam ter o devido destaque.
O caso de André Jackson Jr, por exemplo. Sabemos que ser calouro é muito difícil, ainda mais quando você está atuando no Milwaukee Bucks. Contudo, AJR dá novos ares num tom de esperança as ruas de Wisconsin. O atleta vem tendo um aproveitamento fantástico dentro de quadra (sem estatísticas), e sempre quando acionado, recupera e deixa a defesa do Bucks sólida, algo que vem sendo um problema no ano.
Além de André, os diversos calouros vem sendo totalmente importantes as suas respectivas franquias, temos: Brandon Miller chamando a responsabilidade diante de um fragmentado Hornets, Jaime Jaquez Jr ajudando o Miami Heat em sua campanha, Podziemki sendo um dos jogadores mais eficientes do Warriors, entre muito mais.
Todos esses atletas seriam muito mais respeitados se não vivessem em épocas de ET (tal qual Wembanyama e Chet Holmgren).
Isso serve para vermos que a categoria de base e o colégio devem ser tratadas com mais atenção, até por que, nem sempre a pick mais alta será a melhor opção. Sempre ressaltando que os jovens são o presente e o futuro de nossas respectivas franquias.