Na noite de ontem (11), o Atlético recebeu o São Paulo pela 16ª rodada do Brasileirão e voltou a vencer em casa após 5 jogos sem vitórias na Arena MRV. Com o placar de 2×1, o jogo foi marcado por polêmicas a respeito dos gols alvinegros.

Com a vitória, o Galo voltou a subi na tabela, chegando aos 21 pontos e alcançando a 10ª colocação no campeonato nacional. E nesta sexta (12), após os protestos ao longo da semana, um dos sócios da SAF alvinegra, o empresário Rubens Menin, concedeu uma entrevista exclusiva ao ge, e falou sobre assuntos importantes do clube mineiro.

O empresário começou falando sobre seu amor ao clube alvinegro e comentou sobre as recentes acusações dos torcedores sobe a utilização do clube em benefício próprio.

"Sou um atleticano apaixonado. O tempo é senhor a da razão. Espero que a gente consiga entregar o Atlético com seriedade, com dignidade, com honestidade, com propósito, porque a gente não tem direito de usar o Atlético para nós, eu não posso usar o Atlético para mim, eu quero ser usado pelo Atlético, olha a diferença, um é pegar e usar o Atlético para qualquer benefício próprio".

O dirigente seguiu falando sobre o modelo de gestão atual do clube e criticou gestões passadas e o modelo de cartolas no futebol brasileiro.

 Não adianta ganhar um título e quebrar o time. Eu ganho um título e quebra, aí como é que vai fazer, o cara ganha, quebra, endivida o time, aí o outro vai lá, faz a bobagem, ganha o título, endivida, foi assim, o Brasil foi assim muito tempo. Eles acabaram com o futebol brasileiro - disse Menin.

"A gente estava no inferno e agora estamos no purgatório, diversos cartolas antigos que maltrataram muito o futebol. As vezes ganhava um título, mas destruía o clube, quantos clubes foram destruídos no futebol brasileiro?"

O empresário ainda falou sobe sua relação com o clube, que vem desde a infância.

" Eu fui ao campo pela primeira vez quando tinha seis anos de idade, em 1962, eu sou de 56, fui algumas vezes naquela época, meu irmão me levava no Independência na época, campo do Sete, o Atlético foi bicampeão. Eu sempre gostei muito do Atlético. Passamos uma fase ruim, de 1965 a 1969 o Cruzeiro pegou tudo. Depois, o Atlético começou a crescer, ter momentos bons e ruins e foi aproximando. Eu conheço as pessoas dentro do Atlético e foi aos poucos se aproximando mais, até chegar em 2012/13 que eu comecei a aproximar mais da gestão, ajudar de alguma forma.

E hoje, chegou em 2024, somos um dos sócios da SAF. A gente tem muito orgulho disso, é um trabalho que exige muita responsabilidade, muita sabedoria, o futebol é complicado, mas que a gente acha que temos condição de performar e entregar aquilo que é o sonho de todo torcedor atleticano, que é um time forte, organizado, respeitado pelos outros e que vai entrar nos campeonatos para disputar, com condições de ganhar.

Falam que ganhar é fácil, não, ganhar é muito difícil, tem muito time forte no Brasil, mas nós somos um dos times que está sempre entrando com chances de ganhar".

Por fim, Rubens Menin comentou sobre a dificuldade de separar o lado "dono" do lado "torcedor", e comentou sobe uma possível saída do clube.

"Isso é difícil, porque eu falo o seguinte, a gente tem que ter racionalidade nas coisas, o Atlético é uma empresa, uma empresa de bom tamanho, com muitos funcionários, com uma torcida enorme e apaixonada. Como a gente é apaixonado, as vezes quer tomar uma decisão só com paixão, a gente tem que ter paixão, mas tem que ter racionalidade, porque a gente sabe que o futebol não é brincadeira.

"Eu só sairia do Atlético no dia que eu estiver prejudicando o Atlético, se esse dia chegar e eu estiver atrapalhando o Atlético, eu vou sair. Hoje eu não tenho nenhum interesse em desfazer das ações, eu quero é que elas valorizem, que o Atlético valorize e valha muito dinheiro, mas sem desfazer"

https://twitter.com/geglobo/status/1811776798260154758