Review: Com “Dance Devil Dance”, Avatar lança álbum para dançar e gritar

Avatar (Reprodução/Twitter)
Resumo
Dance Devil Dance é um álbum que permite ao ouvinte dançar, gritar e se divertir. Globalmente, destaca-se não só pelo seu peso, mas também pelo groove e até pelos solos de guitarra presentes ao longo de toda a obra.

Nesta sexta-feira (17), a banda sueca de Groove/Death Metal Avatar lançou Dance Devil Dance, o seu nono álbum.

A obra conta com Johannes Eckerström nos vocais, Jonas “Kungen” Jarlsby e Tim Öhrström nas guitarras, Henrik Sandelin no baixo e John Alfredsson na bateria e marca o retorno da banda após o lançamento de Hunter Gatherer, em 2020.

O álbum começa com o já conhecido single Dance Devil Dance, uma faixa que resume perfeitamente o álbum, uma faixa com groove e ritmo, capaz de botar o mais razinga dos metaleiros para dançar, sem nunca perder o peso. A música seguinte, Chimp Mosh Pit é perfeita para bater cabeça e, como indica o nome, para fazer uma tradicional roda punk nos shows ao vivo, peso e groove são os adjetivos que melhor a caracterizam. Valley Of Disease foi o primeiro dos singles e não perdeu o seu charme desde o lançamento, mantendo-se como uma das canções mais pesadas e bem construídas do LP. On The Beach magistralmente segue com uma fórmula muito comum das músicas do Avatar: estrofes com vocais gritados e refrões limpos e extremamente melódicos, além disso tem um dos melhores e mais marcantes solos de guitarra do álbum. Prosseguindo com Do You Feel In Control?, é uma música que se consegue destacar pela utilização de backing vocals, que completam a música, mas não são suficientes para elevar a faixa um patamar superior, deixando-a como uma das mais fracas do álbum.

Rammstein e Avenged Sevenfold são duas bandas que conseguiram provar que músicas que envolvem liricamente canibalismo podem, ainda assim, ser divertidas. Avatar conseguiu fazer o mesmo com Gotta Wanna Riot, indubitavelmente uma das músicas mais divertidas do álbum inteiro. The Dirt I’m Buried In é mais um dos singles presentes no álbum, tendo, na minha opinião, o riff mais criativo da obra. Mesmo não tendo o mesmo peso da maioria das músicas do álbum, é facilmente uma das melhores faixas do álbum. Clouds Dipped In Chrome destaca-se facilmente como a música mais pesada do álbum, muito por força da bateria de John Alfredsson (e também dos vocais de Johannes Eckerström). Hazmat Suit, mesmo sendo uma das músicas mais aceleradas do álbum, não consegue ter o destaque da maioria das antecessoras. Depois do ritmo frenético de Hazmat Suit, o álbum desacelera por completo em Train, numa faixa que pode ser considerada uma balada que ganha contornos guturais na ponte, mas que se mantém calma e serena no restante da música. O álbum termina com o dueto com Lzzy Hale (Halestorm), sendo Violence No Matter What uma boa música, mas deixando a sensação que os vocais de Lzzy poderiam ter sido melhor aproveitados na primeira estrofe, mas sendo extremamente marcantes no resto da faixa.

Em suma, é um álbum que permite ao ouvinte dançar, gritar e se divertir. Globalmente, destaca-se não só pelo seu peso, mas também pelo groove e até pelos solos de guitarra presentes ao longo de toda a obra. Um LP capaz de agradar os tradicionais fãs da banda e de atrair novos ouvintes.

Nota do autor: 7.76/10

Música favorita: The Dirt I’m Buried In

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