No cotidiano agitado, esquentar a comida da noite anterior é um hábito comum para muitos. No entanto, essa prática, apesar de ajudar muito, pode apresentar riscos à saúde se não forem adotados os procedimentos corretos.
Quando se trata de alimentos requentados, a atenção deve estar voltada tanto à perda de nutrientes quanto à proliferação bacteriana.
A nutricionista Eleonora Galvão, do Instituto Nutrindo Ideais, ressalta, em matéria do site Minha Vida, que o modo de aquecer pode impactar na qualidade e segurança dos alimentos. Veja!
O frango, quando aquecido várias vezes, pode ter sua estrutura de proteínas alterada, dificultando a digestão. Sem um aquecimento uniforme acima de 74 °C, bactérias como Salmonella e Campylobacter podem se proliferar, representando um risco à saúde.
O arroz, se deixado em temperatura ambiente antes de ser refrigerado, pode desenvolver esporos de Bacillus cereus, uma bactéria que resiste ao calor. Reaquecê-lo não elimina esses esporos, aumentando a chance de intoxicação alimentar.
Reaquecer ovos pode ser arriscado, pois, se não for feito adequadamente, pode levar ao crescimento de bactérias como Salmonella. Além disso, ovos cozidos ou mexidos podem sofrer alterações na estrutura das proteínas, causando desconforto digestivo.
Reaquecer peixes altera sua textura e sabor e, se não forem armazenados ou aquecidos corretamente, pode haver proliferação de bactérias como Vibrio e Listeria, que são prejudiciais à saúde.
Vegetais como o espinafre possuem altos níveis de nitratos. Ao serem reaquecidos, podem se transformar em compostos potencialmente perigosos, como nitritos e nitrosaminas, conhecidos por seu potencial cancerígeno.
Para aquecer alimentos de forma saudável, métodos como banho-maria ou forno a vapor são recomendados. Essas técnicas ajudam a manter a textura e a umidade dos alimentos, minimizando a perda de nutrientes e prevenindo o ressecamento.