De olho no confronto de amanhã (19), diante o Vasco, o Atlético segue se preparando para buscar mais uma final de Copa do Brasil em sua história, e para vencer, o clube conta com a presença de um de seus artilheiros, o camisa 10 Paulinho, que marcou no jogo da ida;
Em entrevista ao ge nesta sexta (18), o jogador comentou sobre a parceria construída em campo ao lado de Hulk, e analisou o seu ano de 2023, que foi o melhor da carreira.
No ano passado, o Hulk e eu jogávamos juntos na maior parte do tempo. De certa forma, o time era mais reativo. A gente podia marcar com oito jogadores, ou nove. Quando roubávamos a bola, tínhamos eu e Hulk ali na frente para fazermos a jogada de gol. A gente estava sempre muito perto e com a responsabilidade de resolver as partidas. Esse ano, depois que o Felipão saiu, a estratégia do Milito é diferente, é uma estratégia mais de propor o jogo. Ou seja, ele dá protagonismo para todos os outros jogadores aparecerem, não só nós ali na frente, como também os jogadores de trás. Os próprios zagueiros hoje têm a responsabilidade de construir. Você vê que, em grande parte do tempo, a bola está com os nossos zagueiros, porque hoje eles que constroem. Ano passado não, a gente jogava com o Felipão de forma mais reativa. A gente era um time que marcava mais em linha média baixa. Quando tínhamos a oportunidade de atacar, a gente contra-atacava, quando não dava, a gente tentava construir de alguma forma.
Eu e Hulk tínhamos responsabilidade maior de construir as situações de finalização, de ataque. Esse ano deu para distribuir um pouco mais. Você vê os números do Scarpa e os do Arana, que são jogadores que estão sendo essenciais para a gente na temporada. Esse ano tem sido assim. Apesar disso, acredito que os números estão bem divididos e estão dando certo para a gente.
Em questão pessoal e individual, foi. O ano que eu tive o melhor número de gols, de assistências e tive minha convocação para a Seleção também. Só faltou mesmo os títulos coletivos, que esse ano, graças a Deus, a gente ainda tá nas disputas, estamos em três competições e muito vivos para conquistar os títulos da Libertadores e da Copa do Brasil. A gente sabe que é muito difícil, mas temos um elenco muito bom pra isso, um treinador muito bom pra isso, um trabalho muito sólido para chegar nessas finais. Eu acho que é a cereja do bolo que falta aqui pro Galo, não só pra mim, mas pros outros jogadores também. Você vê aí o Hulk, o cara com 38 anos, já ganhou de tudo na carreira, você consegue ver a sede, a fome dele de conquistar esse título grande.
Paulinho ainda comentou sobre ser o artilheiro da Arena MRV, onde tem sido feliz desde o primeiro jogo, marcando o doblete na inauguração do estádio.
Quando eu vim para o Galo, o Rodrigo Caetano me vendeu muito bem o projeto do clube, da SAF que estava para entrar, do próprio estádio ficando pronto. Ele falou que ia contar muito comigo para isso. É muito importante para um clube grande do Brasil, que não tem próprio estádio, ter a sua própria casa. É algo muito emocionante para os torcedores, imagino eu, você chamar aquele estádio de minha casa. Eu queria fazer parte de alguma forma deste momento. Para mim foi muito maneiro, muito gratificante marcar os dois primeiros gols da Arena, em um dia tão especial e histórico para o clube. De alguma forma, eu já estou marcado na história do clube. É claro que eu quero muito mais, eu quero os títulos, mas é muito legal estar marcado dessa forma na história do Galo.