O presidente do Santos, Marcelo Teixeira detalhou, em entrevista coletiva na manhã desta quarta-feira, as finanças do Peixe. Com uma análise detalhada de todos os temas da gestão até aqui neste primeiro semestre, Teixeira apresentou dados, demonstrando o pagamento de R$ 113 milhões em dívidas desde janeiro.
Além disso, o mandatário destacou que houve uma brusca redução dos gastos com o futebol masculino profissional. O gasto era de R$ 14,8 milhões, entre salário e direitos trabalhistas atrasados, hoje é de R$ 7 milhões.
“Alguns falam que o Santos tem a obrigação de vencer a Série B porque a folha é desse valor. A folha do Santos passou daquilo que era ano passado, de R$ 15 milhões, para R$ 7 milhões”, disse Marcelo.
O dirigente ainda detalhou que o Santos reduziu os gastos gerais com futebol, considerando profissional masculino, feminino e base, de R$ 20,1 milhões para R$ 11,9 milhões.
Outro ponto citado por Teixeira foram os gatos que o Peixe teve. Em seu discurso, com base em um documento detalhado, ele afirma que o clube teve uma despesa de quase R$ 50 milhões só para pagar a aquisição de jogadores feita pela gestão passada. Além disso, outros R$ 34 milhões foram gastos para evitar ou derrubar ações de transfer ban na Fifa.
Os valores que o Santos pagou em 2024 da gestão passada:
- Transfer ban Fifa: R$ 34.284.233,41
- Contratações de atletas: R$ 49.986.947,72
- Empréstimo bancário: R$ 8.802.191,13
- Acordo extra-judicial trabalhista e cível: R$ 9.961.043,73
- Salário, imagem e férias: R$ 10.941.461,00
Houve, ainda, segundo o mandatário, antecipações feitas pela gestão passada que impossibilitaram o Peixe de receber valores importantes para 2024.
“Tivemos antecipações de receitas importantes como a do Campeonato Paulista. Tivemos a verba integral antecipada e disputamos o estadual sem nenhum tipo de receita. Quando o Santos divulgar o balanço financeiro de 2024 constará R$ 40 milhões do Campeonato Paulista, que o Santos não recebeu porque foi antecipado para o ano anterior. Além de outras antecipações, que foram no total de quase R$ 90 milhões”, ponderou Teixeira.
