SAF e Arena MRV: Rubens Menin avalia primeiro ano do Atlético na Arena e comenta sobre dívida do clube

Resumo
Sócio majoritário da SAF do Galo, o empresário Rubens Menin participou de uma entrevista exclusiva com o ge e falou sobre alguns temas

Na noite de ontem (11), o Atlético recebeu o São Paulo pela 16ª rodada do Brasileirão e voltou a vencer em casa após 5 jogos sem vitórias na Arena MRV. Com o placar de 2×1, o jogo foi marcado por polêmicas a respeito dos gols alvinegros.

Com a vitória, o Galo voltou a subi na tabela, chegando aos 21 pontos e alcançando a 10ª colocação no campeonato nacional. E nesta sexta (12), após os protestos ao longo da semana, um dos sócios da SAF alvinegra, o empresário Rubens Menin, concedeu uma entrevista exclusiva ao ge, e falou sobre assuntos importantes do clube mineiro.

O empresário falou um pouco do primeiro ano do clube no modelo SAF e o aumento da dívida atual, que tem sido paga aos poucos.

O Atlético, quando a gente pegou para começar a fazer um planejamento mais delicado em 2019, existia uma condição de mercado na época que foi muito importante a gente destacar isso, naquela época a gente era feliz e não sabia, os juros era 2% ao ano. Nós tínhamos uma dívida que custava pouco ao Atlético, 2% ao ano, e na construção da Arena a gente não contava com um negócio que apareceu que foi muito ruim, que foram as contrapartidas da Arena que foram dadas pela prefeitura. Enquanto nos outros lugares as prefeituras auxiliam, porque a Arena é benéfica para a cidade, você traz shows, traz eventos, dá emprego, gera entretenimento, é super positivo.

O Atlético já tinha descontado o Brasileirão vários anos, receitas futuras já tinham sido descontadas, a gente sabia disso. A gente contava também com alguns aumentos de receitas, que vieram. Os orçamentos desses clubes de futebol, que estavam na base dos 200 milhões, hoje estão em 500 milhões, a receita cresceu e eu acredito que vai crescer mais. Eu não me arrependo de nada que foi feito. A única coisa que realmente foi pesada, que não estavam previstas foram as despesas financeiras. A gente conseguia rodas aquelas dívidas, sem o serviço da dívida, que era de 150 milhões por ano, o que nos atrapalhou muito foi esse serviço de dívidas, de 150 milhões por ano. Se não tivesse serviço da dívida, nós teríamos sido superavitários.

A receita quando você vê o balanço, você não vê que ali tem uma entrada do recebimento do direcionamento, mas ele está saindo embaixo. A gente está prevendo essa receita do Atlético crescendo, nosso plano agora é 2030, até 2030 de forma consistente. Para isso a gente precisa ter um desempenho no futebol. A gente sempre parte de uma premissa, por exemplo, a premissa esse ano a gente chegou nela, oitavas de Libertadores e oitavas de Copa do Brasil, daqui para frente é lucro, entre aspas.

Podemos zerar as dívidas antes de 2030. A gente tem vários caminhos a serem traçados, primeiro caminho para os próximos dois anos, 2024 e 2025, a gente tem que ter lucro operacional, isso é fundamental para nós. A partir daí a gente vai ver o que vai acontecer. Aí tem plano A, B, C, D. Eu vejo o seguinte, essa indústria de entretenimento é muito grande, está crescendo no mundo de uma forma assustadora. Eu acho que o Brasil com as SAF’s, pode acessar um mercado muito maior de investimentos, especificamente a SAF do Atlético, que é feita por nós, não tem investidor estrangeiro, são atleticanos que resolveram investir na SAF, mas tem outros clubes que tiveram investimento estrangeiro.

O empresário citou o exemplo do Manchester United a respeito da bolsa de valores, que abriu capital para investidores de fora, e sonha com esse modelo no Galo.

Acho que um dia, é um sonho de consumo, esses clubes possam acessar o mercado de capitais, ter uma ação licitada na bolsa de valores, acho que isso daí, o futebol lá na frente, os grandes clubes do mundo vão precisar ter uma estrutura de capital mais pesada para poder investir e ter retorno. Eu vejo o futebol daqui a alguns anos com um mundo de empresas enormes, empresas do futebol, de entretenimento.

Por fim, Menin comentou sobre a Arena MRV, fazendo um balanço do primeiro ano do Galo na casa nova, e falou sobre o acordo por torcida única nos clássicos mineiros.

“Você sabe que cada vez que eu vou naquela arena, me dá um orgulho danado, né? Lembrando quando ela começou… Acho que um dos pilares que eu falei arena, né? Mas me dá muito orgulho, porque é uma arena maravilhosa. Em termos tecnológico é a melhor do Brasil. Você está lá o wi-fi pegando, cada vez mais novidades ali acontecendo. Agora tem desafios, né? Cada vez a gente vai evoluindo mais.

Nós estamos trabalhando para melhorar aquela acústica. Não é tão ruim como se fala, mas também não é aquele ideal. Porque tem algumas tecnicidades que a gente não vai entrar no detalhe aqui, mas tem. Como também o caso do gramado, né? Que é um desafio, a gente até hoje não tem uma solução definitiva. Tem uma sombra lá que atrapalha um pouquinho o gramado”

Se a gente quer ter esse lugar no mundo, futebol seja o evento mais importante do mundo, o entretenimento mais importante do mundo, a gente tem que começar pelo respeito. E o grand finale, as torcidas. Em todo lugar do mundo tem torcida, por que nós não vamos ter no Brasil? Nós precisamos melhorar nisso. Isso pra mim é um ponto que nós temos que evoluir.

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