Escola de samba mais sólida dos últimos anos do Carnaval carioca, a Unidos do Viradouro investe numa equipe forte é muito talentosa. Mas para além disso, a vermelho e branco de Niterói teve diferenciais cruciais para conquistar o título em 2024. Confira tudo neste especial!
Formada pelos coreógrafos Priscilla Mota e Rodrigo Neri, a comissão de frente novamente foi um destaque da Viradouro. Mas para fazer com que uma cobra rastejasse no chão em alta velocidade, uma técnica muito avançada foi exigida.
A cobra na verdade era um “carrinho” especial feito sob medida. Para dirigir a estrutura, o bailarino Wesley Torquato ficou meses se preparando para desfilar.
Uma das mudanças mais perceptíveis da Viradouro para o Carnaval de 2024 foi na parte musical. Zé Paulo Sierra, que estava na escola desde 2014, deu lugar ao icônico Wander Pires.
A mudança não foi apenas por questão de nome, mas sim de uma unidade de desfile. Enquanto Zé Paulo é um incendiário de avenida, Wander é mais clássico e melodioso, que encaixa bem com os sambas mais fortes gerados pelos enredos contundentes de Tarcísio Zanon.
A Viradouro tem um craque na posição de carnavalesco. Mesmo tendo apenas 37 anos, Tarcísio Zanon já demonstra total amadurecimento artístico, sem largar mão do seu traço fino mostrado desde o início da carreira, no Estácio.
A confiança da diretoria deixa Tarcísio à vontade para estabelecer sua linha de enredos mais densos e ricos culturalmente, que vem se tornando a “cara” da Viradouro. Mal podemos esperar pelo que vem aí em 2025.
Cabeça pensante da escola, Marcelinho Calil está presente em todo processo do Carnaval. Seja em eliminatórias, ensaios, eventos e até mesmo em lives no YouTube, Calil está próximo de sua comunidade levando estabilidade política, fundamental no meio.
Um fator que também ajuda no luxo da Viradouro é o aporte de Niterói. Afim de incentivar a cultura, turismo e geração de empregos, a prefeitura local investiu R$4 milhões, dinheiro extra que é muito bem usado pela escola.