A Caixa Econômica Federal recusou a proposta do Corinthians para a quitação do financiamento da Neo Química Arena. A proposta, apresentada no início de novembro, mas não agradou ao banco. A informação é da ESPN e do ge.
A intenção do clube paulista era pagar pouco mais de R$ 531 milhões para zerar os débitos do estádio. A ideia era oferecer R$ 356 milhões do acordo com a Hypera Pharma pelo naming rights do estádio.
O restante, cerca de R$ 175 milhões, seria composto pela compra, com 90% de desconto, de dívidas que o banco teria que pagar a terceiros no longo prazo.
No entanto, de acordo com a Caixa, o Timão não pode usar o dinheiro vindo da venda dos naming rights por ele pertencer à Arena Fundo de Investimento Imobiliário. Vale lembrar que o fundo é o responsável pelo pagamento do estádio.
Além disso, a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) entendeu também que o montante, dessa proveniência, não pode ter como destinação este fim. O banco afirma ainda que os recursos do Fundo de Compensação de Variações Salariais (FCVS) também não servem para a quitação do estádio.
R$ 100 milhões de juros em 2023
Vale lembrar, no ano passado o Corinthians pagou R$ 100 milhões ao banco só de juros. No acordo atual, o alvinegro só vai começar a pagar o valor principal, que vai de fato abater a dívida e passa dos R$ 600 milhões, em 2025.
Para diminuir esses valores, o clube paulista buscava renegociar o atual acordo. Em paralelo a isso, ainda sob a gestão de Duilio Monteiro Alves, a ideia era de oferecer ao mercado 49% da Neo Química Arena. O clube pretendia vender cotas de fundo imobiliário, seja para um investidor de maior peso ou em uma fragmentação na Bolsa de Valores, para auxiliar a quitar o estádio.
O atual presidente do Corinthians, Augusto Melo, disse em sua posse que não acreditava em um acordo do clube com a Caixa para a quitação do estádio.
