O Kansas City Chiefs foi o campeão do Super Bowl LVIII e conquistou seu quarto título na história (e o terceiro na era-Mahomes) em uma partida eletrizante e fantástica. De primeira mão, vamos sempre falar de Patrick Mahomes, Travis Kelce e outras estrelas do ataque. Mas hoje, vamos dar o destaque a todos que merecem o destaque por trás desse título incrível.
O fumble secreto de George Karlafits e o trabalho por trás de Léo Chenal.
Iniciando lá do primeiro quarto, onde o maior destaque da temporada, George Karlafits, conseguiu forçar um fumble incrível diante do melhor running-back da liga (Christian McCafrey). Aquela é uma jogada característica de um right end elite como o grego. Purdy chama uma corrida por trás do quarterback, mas o problema é que CMC acha um espaço para ganhar jardas justamente onde a defesa de Kansas City marcava em deep zone. Com isso, McCafrey tenta fazer sua jogada carimbada e quebrar os tackles, mas ali já era tarde demais. Leo Chenal dá o tackle para puxar o running back, e Karlafits completa o serviço tirando a bola da mão do mesmo. Posse de bola dos Chiefs, num drive que não foi tão bom ao ataque.
A importância do All-Pro Trent McDuffie na equipe.
Os Chiefs não conseguem ter um bom desempenho no ataque, e o jogo segue 0-0. Numa 4 descida para 14 jardas, o quarterback de San Francisco, Brock Purdy, lança uma bola mágica ao famigerado Deebo Samuel, mas Trent McDuffie, o melhor jogador defensivo dos Chiefs na temporada, percebe a movimentação do jogador e imediatamente começa a correr para trás, fazendo assim uma marcação individual com cloud flat, e forçando o passe incompleto de Purdy. Nesse drive, o que poderia ser um touchdown + ponto extra se tornou apenas um field goal, sem dúvidas um dos grandes motivos ao Chiefs ser o campeão.
Eu poderia falar das armas ofensivas dos Chiefs, mas não foi algo de se encantar os olhos no primeiro tempo. Entretanto, Mahomes lançou um laser insano ao Jerrick McKinnon de mais de 40 jardas, para se tornar uma primeira ao gol. Contudo, na primeira para o gol, Mahomes deu a bola na mão de Isiah Pacheco, que sofreu um fumble.
Harrison Butker quebrando recordes em Super Bowl.
Então vamos ao segundo tempo. Logo aos 12 minutos, a arbitragem não enxergou uma convertida clara de Travis Kelce para a primeira descida, forçando assim, logo após, uma interceptação de Mahomes numa chamada de TE attack. O drive de San Francisco também foi bem fraco nesses minutos. Bola a Kansas, novamente, que não consegue encaixar um bom drive, mas é ali que tudo muda. Harrison Butker bateu o recorde de field goal no Super Bowl, e acertou um chute insano de 58 jardas, deixando a partida em 10-6. Nesse drive, os Chiefs fizeram muitas chamadas de Screen, e a única chamada que funcionou foi a Attack tight end, para Travis kelce.
Novamente, McDuffie…
Logo após esse field-goal, Brock Purdy se encontra numa desesperadora terceira descida para dez jardas, mas mesmo assim, acha uma janela incrível para Jennings, que estava sozinho. Realmente, estava. Em questão de segundos, Trent McDuffie aparece para forçar com que Purdy erre esse passe, em mais uma marcação individual posta por Spags.
Jaylen Watson com certeza virou homenagem em Kansas.
Drive vai, drive vem e nada acontece. Mahomes não converte uma terceira descida para duas jardas e vamos a mais um punt. Tommy Towsend faz um punt incrível para a linha de 4 jardas. McCloud recebe a bola e tenta correr, e é quando Jaylen Watson, dos Chiefs aparece com um hit stick milagroso e força mais um fumble na partida. O resultado? bola dos Chiefs na linha de 13 jardas para o ataque.
O senhor Super Bowl aparece novamente.
Em uma bubble screen muito bem feita de forma invertida, o gênio Patrick Lavon Mahomes observa a excelente movimentação de Marquez-Valdes Scantling num lob pass para receber a bola always open, livre de qualquer marcação e pressão. Vale ressaltar o trabalho de Jawaan Taylor nessa jogada, que confortou Mahomes para escalar o pocket de maneira fantástica.
De herói a (quase) vilão em segundos
E o jogo foi assim: lá e cá. TD dos 49ers no que parecia fazer uma tempestade num copo d’água. Trent McDuffie, o destaque dos Chiefs na partida, encontrou um holding muito infantil, que deu combustível a que Purdy conseguisse uma primeira para dez jardas e comandasse o ataque dos 49ers para um touchdown. O Chiefs, nesse drive dos 49ers, cometeu um erro muito grave, que foi optar por marcações em zona em George Kittle, quando deixava Jennings livre para receber passes.
O principal erro do 49ers na partida.
Prorrogação. Nervos a flor da pele. O 49ers comete o primeiro erro em começar com a bola e deixar um drive limpo a Mahomes. Purdy vai usando suas armas, CMC um pouco apagado, e naquela altura, já não quebrava os tackles como antes. O resultado foi eles não forçarem a bola em uma quarta descida e sim chutarem um field goal com Moody. Agora, vamos mudar ao lado para o senhor Mahomes.
O quarterback que joga sem jogo corrido, decide mais uma.
Drive limpo, perfeito, bonito, tudo de bom de Patrick Mahomes com os Chiefs. Finalmente vimos Isiah Pacheco aparecendo, finalmente vimos Travis Kelce decidindo. Com 5 segundos no relógios, vamos a uma primeira pro gol, e ai que vem a ‘magia de uma jogada bem executada‘. Mahomes opta por selecionar uma hard slants para o ataque dos Chiefs. Ele recebe a bola, respira, e sequer pensa em escalar o pocket. Olha ao lado, e o predestinado tá lá. Para garantir o terceiro Super Bowl da era-Mahomes.
Considerações finais do título dos Chiefs
Merecido. A palavra é essa. Pela primeira vez nos últimos três super-bowls da equipe de Kansas, não vimos um Chiefs que mereceu a vitória em 200%, mas que apenas soube cadenciar um jogo e parar a principal arma dos Niners: o jogo corrido. O prêmio de MVP foi a Mahomes, mas, caberia ser a Trent McDuffie ou a Willie Gay. A linha defensiva da equipe fez total diferença, e limitou um dos (se não o) melhor ataque da liga a 22 pontos.