Ao longo de 40 anos de desfiles, a Marquês de Sapucaí foi brindada com apresentações antológicas, que estão na cabeça do povo até hoje. Preparamos uma lista com 10 passagens antológicas pelo sambódromo do Rio, confira!
Começando com o que pra muitos é o maior desfile de escola de samba da história, a Vila Isabel provocou uma catarse no sambódromo em 1988 com "Kizomba, Festa da Raça".
Em 1985, a Mocidade levou para a Sapucaí o histórico "Ziriguidum 2001 - Carnaval nas estrelas", em que a escola, sob a batuta do gênio Fernando Pinto, contou como seria o carnaval em 2001, no espaço sideral.
A Mangueira foi a primeira campeã da Marquês de Sapucaí em 1984, com o enredo "Yes, nós temos Braguinha!", de Max Lopes. A cromática deste desfile é uma das mais bonitas já passados pelo sambódromo.
A maior catarse da história da Sapucaí, "Peguei um Ita no Norte", apresentado pelo Salgueiro em 1993, está na boca do povo até hoje com seu refrão "Explode Coração".
O mais subversivo, desafiador, e para muitos, o maior trabalho de um carnavalesco foi Beija-Flor 1989. Joãozinho Trinta mostrou o luxo do lixo e o lixo do luxo em "Ratos e Urubus, larguem minha fantasia", num desfile que ficou marcado na história.
LIBERDADE, LIBERDADE
Se "Ratos e Urubus" não ganhou, o motivo é ter concorrido contra outro desfile apoteótico em 89. "Liberdade, Liberdade! Abre as asas sobre nós!" É um trabalho primoroso de Max Lopes e marcou a identidade perfeita da Imperatriz Leopoldinense.
O primeiro grande desfile do século XXI, "A saga de Agotime, Maria mineira Naê", que passou em 2001 na Beija-Flor, é um dos desfiles mais poderosos da Sapucaí. Luxo, enredo, sambaço, tinha tudo ali... mas os nilopolitanos não ganhou o carnaval.
O desfile que conquistou uma nova geração para o Carnaval e que mudou para sempre o quesito comissão de frente. "É Segredo!", fez a Unidos da Tijuca ganhar o título de 2010 e sair de uma fila de mais de 70 anos.
BRASIL CHEGOU A VEZ
A Mangueira levou uma apoteose ao Brasil para Sapucaí em 2019. "Histórias para ninar gente grande", de Leandro Vieira, mostrou o Brasil que não está nos livros de história. O samba, que virou até questão de ENEM, é um dos melhores do século.
A Grande Rio demorou para conquistar seu primeiro título, mas fez toda espera valer a pena com uma apresentação antológica. "Fala Majeté! Sete chaves de Exu" foi uma apresentação arrebatadora e deu o título de 2022 para Caxias.
Com tantos desfiles históricos em 40 anos, é natural deixarmos alguns de fora. De qual você sentiu mais falta? Fique de olho nos próximos especiais da Versus que ele pode aparecer!